terça-feira, 27 de outubro de 2009

NOVO ENDEREÇO DO BLOG

MIGREI DEFINITIVAMENTE PARA O NOVO ENDEREÇO. ESPERO VOCÊ LÁ

terça-feira, 20 de outubro de 2009

TOCAR SHOFAR NA IGREJA, O QUE E ISSO?



Depois que vi este vídeo não posso deixar de tecer alguns comentários. Sugiro que você veja este vídeo duas vezes e depois acompanhe os comentários abaixo.
O que está acontecendo com a igreja é algo estarrecedor. Existe uma prática consciente de abandonar o Novo Testamento como norma para o cristão e um abraçar exacerbado em adotar práticas vétero-testamentárias como normas para os dias atuais. Os batistas têm como princípio distintivo doutrinário que o livro de norma prática para o cristão é o Novo Testamento. Somente o Novo Testamento é a lei para o cristão. Isso não nega a inspiração ou proveito do Antigo Testamento, nem que o Novo Testamento é um desenvolvimento do Antigo. Afirma, sem dúvida, que o Antigo Testamento, como um sistema típico, educativo e transitório, foi cumprido por Cristo, e como norma legal e caminho de vida foi cravado na cruz de Cristo e assim tirado do meio. O princípio ensina que não devemos recorrer ao Antigo Testamento para encontrar lei cristã ou instituições cristãs. Não é ali que encontramos a verdadeira idéia de igreja cristã, nem de seus oficiais, nem de suas ordenanças ou sacramentos, nem de seu culto, nem de sua missão, nem de seus rituais e nem de seu sacerdócio.
Um exemplo clássico disso é que em muitas igrejas na consagração ao ministério pastoral pratica-se a unção com óleo. Isso deve ser para fazer referência ao ato de ungir com óleo o sacerdote no Antigo Testamento. No Novo Testamento a consagração ao ministério pastoral não é praticada com unção com óleo como símbolo do Espírito Santo. Mas em algumas denominações o erro continua.
Aplicando-se o princípio distintivo dos batistas ao vídeo acima podemos perguntar: Por que tocar shofar na igreja e em seus cultos? Qual a lógica de se criar uma escola para ensino dessa prática? Somente há uma resposta, são práticas estranhas ao Novo Testamento.
Os irmãos que aparecem no vídeo afirmaram algumas coisas e creio que não houve dolo da parte deles e até creio na sinceridade de suas intenções, mas um total desconhecimento de teologia e Bíblia. Gostaria de ponderar algumas afirmações feitas:

1a - Ao participar de um ato profético e ouvir o toque do shofar sentiu que era chamado por Deus.

Em primeiro lugar ato profético não é encontrado no Novo Testamento. Até hoje ninguém definiu teologicamente ato profético. Creio ser uma interpretação ou modismo ou introdução de uma linguagem chula no meio cristão. Se ato profético é fazer algo aqui na terra que será realizado no céu é no mínimo uma coisa infantil, para não dizer desprovida de intelectualidade. Pois bem, alguém ouvir outro tocar shofar e se sentir chamado é algo puramente subjetivo, emocional e não pode ser base para nada. Antes de qualquer coisa não existe chamado para se tocar shofar no Novo Testamento. Se o Novo Testamento é o princípio regulador para o cristão então este chamado é igual a nada. O senso que Deus falou conosco deve ser provado no crisol da Palavra, mas como isso levaria a uma grande frustração por parte daqueles que se sentem chamados, então se despreza a Palavra e firma-se nos sentimentos. Esse comportamento é puramente uma manifestação de carnalidade e expressão da pós-modernidade.


2a - O jovem disse que depois de aprender a tocar o shofar ele passou ter mais comunhão com Deus e as pessoas são tocadas pelo som do mesmo.

Isso é atribuir poderes miraculosos a um chifre de carneiro. Cheira a animismo. O desejo por maior comunhão com Deus não se dá através de sons de instrumentos, mas pelo simples fato que amamos a Deus e querermos Sua companhia. Se o motivador é tocar shofar então podemos dizer que outros sons também motivam. Um chifre de carneiro tem tal poder assim? Só porque alguém consagrou tal shofar ele agora passou a ser especial e ungido a tal ponto de mudar comportamentos e influenciar pessoas? Isso é muita infantilidade. Isso é desprovido de racionalidade e base bíblica. Mas essa onda judaizante que entrou na igreja está causando estragos irreparáveis. Pessoas serem tocadas pelo som do shofar é atrair atenção para si. É querer ser especial demais dentre muitos. Pelo que venho estudando a mais de 25 anos em teologia, Bíblia e história da igreja nada igual foi vivido pelos cristãos antes.


3a - O pastor afirmou que nós sabemos, através de textos bíblicos, que a igreja primitiva usava o shofar em batalha espiritual.

De qual Novo Testamento o pastor tirou tal afirmação? É uma afirmação no mínimo desleixada ou feita a esmo que induz ao erro. Nunca li isso no Novo Testamento. Possuo várias versões da Bíblia e nunca vi nada igual. Arma de Batalha espiritual? Isso é acrescentar ao texto sagrado o que ele não contém. As únicas armas que Paulo menciona no Novo Testamento estão em Ef. 6:13-20 que transcrevo abaixo:
"Portanto, tomai toda a armadura de Deus, para que possais resistir no dia mau e, havendo feito tudo, ficar firmes.
14 Estai, pois, firmes, tendo cingidos os vossos lombos com a verdade, e vestida a couraça da justiça; 15 E calçados os pés na preparação do evangelho da paz; 16 Tomando sobretudo o escudo da fé, com o qual podereis apagar todos os dardos inflamados do maligno.
17 Tomai também o capacete da salvação, e a espada do Espírito, que é a palavra de Deus; 18 Orando em todo o tempo com toda a oração e súplica no Espírito, e vigiando nisto com toda a perseverança e súplica por todos os santos, 19 E por mim; para que me seja dada, no abrir da minha boca, a palavra com confiança, para fazer notório o mistério do evangelho,
20 Pelo qual sou embaixador em cadeias; para que possa falar dele livremente, como me convém falar".
Não encontrei o shofar como arma de batalha espiritual, você encontrou?

4a - O pastor afirmou que o toque do shofar aponta para o Messias, que lembra a igreja que Ele está voltando e o toque do shofar anima a igreja.

Todo tipo no Antigo Testamento apontava para o antítipo que era Cristo. Mas como diz o autor de Hebreus esses tipos eram sombras do que havia de vir e quando Cristo veio os tipos perderam os significados, pois, já temos o verdadeiro e as sombras passaram. Então o pastor cometeu um erro elementar de não saber Bíblia. Mas como um pastor pode deixar de conhecer a Bíblia, sendo ela seu principal instrumento de trabalho? Acredito que deva ser mais um daqueles pastores consagrados que nunca se assentaram em um banco de faculdade ou seminário livre de boa procedência para estudar teologia. Se esse for o caso fico a me perguntar: De quem é a culpa? Da igreja que irresponsavelmente consagrou tal pessoa ou da pessoa que ambicionando status aceita tal irresponsabilidade? No fundo os dois são os culpados. Ambos negligenciaram os princípios da Palavra.
Afirmar que o toque do shofar lembra à igreja que Cristo está voltando é no mínimo brincadeira de mau gosto. Onde está isso na Bíblia? E agora falo da Bíblia toda e não somente do Novo Testamento. Afirmar que isso anima a igreja soa a criancice. O que deveria animar a igreja é a pregação vigorosa da Palavra de Deus. Deveria ser uma exposição do texto bíblico com preparo em pesquisas, oração e unção do Espírito Santo e nunca o som de chifre de carneiro. Tal afirmação enjoa e enoja qualquer pessoa de intelectualidade mediana.


5a - A repórter afirma que através de uma revelação de Deus nasceu a escola de shofar Brit.

Alguém disse que Deus falou e isso vira verdade. A questão que fica sem resposta é que o pastor disse que Deus não havia falado com ele, mas sua esposa volta de uma viagem a Israel e lhe traz uma revelação. Pergunto: "Quem é o cabeça nessa relação?" É a mulher que ensina o homem ou deveria ser o contrário, segundo Paulo? Mesmo que minha mulher trouxesse uma nova revelação para mim eu deveria provar isso à luz da Bíblia. Mas parece que o pastor aceitou tal revelação acriticamente. Isso é jogar no lixo toda forma de racionalidade em nome de uma espiritualidade doentia e mesmo evidencia a fraqueza e inadimplência de tal pastor diante da vida. Desde quando a mulher de pastor tem palavra autoritativa final na vida de pastor ou quem quer que seja? Ridículo!
Daí nascer uma escola para ensinar tocar shofar só mesmo acreditando em Papai Noel.

6a - O pastor afirma que conhecendo o shofar o chamado se evidencia.

Sempre entendi que quando existe um chamado de Deus ele parte de Deus e nunca de coisas materiais. Mas como os tempos mudaram e Deus deve ter mudado também seu modo de agir.

"Errais, não conhecendo as Escrituras, nem o poder de Deus"

Cabe a cada um de nós nos posicionarmos contra tais comportamentos e afirmações, mesmo que sejamos taxados de bitolados e retrógrados. Nosso eterno compromisso é com a Palavra e somente com Ela. Nada disso que está neste vídeo deve nos motivar, mas nos levar a rejeitar tais ensinos como erráticos e heréticos. Os resultados desses ensinos são: Cristãos alienados, sentimentais e pouco racionais, igreja sempre menina e nunca madura, espiritualidade doentia e adoecedora e ridicularização por parte do mundo.

Soli Deo Glória.

Luiz Fernando R. de Souza

segunda-feira, 19 de outubro de 2009

COMO OBTER A AJUDA DE DEUS

I Samuel 7: 1-13
Vers. 3-6 "Então falou Samuel a toda a casa de Israel, dizendo: Se com todo o vosso coração vos converterdes ao SENHOR, tirai dentre vós os deuses estranhos e os astarotes, e preparai o vosso coração ao SENHOR, e servi a ele só, e vos livrará da mão dos filisteus. Então os filhos de Israel tiraram dentre si aos baalins e aos astarotes, e serviram só ao SENHOR.
Disse mais Samuel: Congregai a todo o Israel em Mizpá; e orarei por vós ao SENHOR. E congregaram-se em Mizpá, e tiraram água, e a derramaram perante o SENHOR, e jejuaram aquele dia, e disseram ali: Pecamos contra o SENHOR. E julgava Samuel os filhos de Israel em Mizpá
".


Grande parte da igreja, que se diz evangélica, tem procurado encontrar estratégias para alcançar a ajuda de Deus. Inúmeros intermediários são criados e colocados à frente dos cristãos, como se estes dependessem destes intermediários para serem abençoados. Navegando na internet encontrei um link que dirigia os internautas para a palavra profética em 2009. Ao lê-la deparei-me com as mesmices de sempre. Megalomania, soluções quase mágicas e afirmações que chocam com a Palavra de Deus. Fiquei pensando se estaríamos voltando à Idade Média onde Deus estava tão distante do povo que parecia uma utopia. Mas constato que vivemos à sombra da Idade Média. Os mesmos métodos utilizados há quase quinhentos anos ressurgem energizados por um total descompromisso com uma boa teologia, Palavra de Deus e com o bom senso. Se Lutero, Calvino e outros ouvissem as afirmações hoje exaradas dos púlpitos evangélicos revolveriam em seus túmulos. Tais afirmações proféticas garantem a ajuda de Deus. Prometem a intervenção do Sagrado e a solução de todos os problemas. Espero que as decepções não sejam maiores que os resultados. Voltei-me para a Palavra de Deus e me deparei com o texto de I Samuel 7: 1-13 e percebi que a palavra profética para a vida estava bem ali na minha frente.
O povo de Israel estava sendo oprimido pelos filisteus. A arca da aliança estivera ausente por quase quarenta anos de Israel. Volta e permanece na casa de Abinadabe por vinte anos. O povo suspirava por Deus e Samuel, o profeta, se apresenta chamando o povo para uma metanoia (virada radical). Ele coloca alguns princípios que foram suficientes para o povo obter a ajuda de Deus.

Quero elencá-los aqui:

1 – Vers. 3 “Se com todo o vosso coração vos converterdes ao SENHOR”.
2 – Vers. 3 “Tirai dentre vós os deuses estranhos e os astarotes”.
3 – Vers. 3 “E preparai o vosso coração ao SENHOR”.
4 – Vers. 3 “E servi a ele só”.
5 – Vers. 6 “E tiraram água, e a derramaram perante o SENHOR”.
6 – Vers. 6”E disseram ali: Pecamos contra o SENHOR”.

Para obtermos a ajuda de Deus basta somente observamos estes seis princípios acima. Nada de estratégias extravagantes. Nada de palavras megalomaníacas. Nada de afirmações desprovidas de base na Palavra.
Minha convicção é que a vida se apresenta como um celeiro de oportunidades de Deus se manifestar em meio às crises existentes para aqueles que voltarem integralmente para Ele.

Soli Deo Glória.

Pr. Luiz Fernando R. De Souza

segunda-feira, 12 de outubro de 2009

LUTANDO PELA VERDADE

Judas Vers 3
Amados, procurando eu escrever-vos com toda a diligência acerca da salvação comum, tive por necessidade escrever-vos, e exortar-vos a batalhar pela fé que uma vez foi dada aos santos”.

Vivemos um tempo de total relativismo. Ninguém ousa afirmar a verdade. Tudo tem sido colocado no campo do relativo. As convicções pessoais são taxadas de obtusidade, retrocesso e etc.
Daí termos uma ética situacional, onde nossos comportamentos não são baseados na verdade existente ou valores absolutos, mas No momento vivido. Essa ética situacional tem transtornado os valores sociais, morais e espirituais. Dependendo da situação eu tenho um tipo de comportamento. Lembro-me quando trabalhava em banco e dava um curso para formação gerencial, deparei-me com uma situação interessante. Falava sobre ética e uma gerente do sul do país disse: "O diatado não diz que a situação faz o ladrão?" Lembro-me da minha resposta: "A situação não faz o ladrão, ela revela o ladrão". Ela quiz dizer que dependendo do momento vale certo tipo de comportamento. A situação dita as normas éticas. Essa nova ética se impoe no congresso nacional, no meio policial, nos defensores públicos e privados, no meio dos esportes etc. Hoje a ética foi substituída pela estética. Não importa o conteúdo a ser transmitido desde que quem o transmita tenha uma bela estética, aparência ou imagem. Daí termos os apresentadores de programas, mesmo sem a menor capacitação cultural para tal, emitirem opiniões sobre todos os assuntos, pois, o que vale é a estética. Nesse momento a verdade foi banida para a privacidade do indivíduo. As convicções devem ser guardadas para si e raramente compartilhadas. Assim a fé foi alojada no íntimo e já não transforma como devia. Quando alguém tem uma posição firme em relação a algum assunto ou doutrina não é visto com bons olhos. Dizem que tal pessoa é muito fechada e retrógrada. Isso tem levado a igreja de Jesus Cristo a um limbo doutrinário terrível. Os líderes não pregam mais doutrinas e esperam que os membros de suas igrejas sejam cristãos maduros. As falsas doutrinas permeiam o meio cristão e ninguém soa a trombeta de alerta. Enquanto dormem o inimigo semeia o joio no meio do trigo. O apóstolo Judas, irmão do Senhor Jesus, encorajava os cristãos a batalhar pela fé que uma vez foi dada aos santos. Aqui, no texto, fé não é sinônimo de crença, mas de doutrina. O encorajamento de Judas é para que batalhemos por um corpo doutrinário que nos foi entregue. Como discernir um ensino se é de Deus ou não, se a doutrina foi banida dos púlpitos? Como saber a procedência de algo sobrenatural se não temos a base doputrinária para avaliá-la? Muitos acham que doutrina é antônimo de espiritualidade. Doutrina e enchimento do Espírito santo andam de mãos dadas, pois, foi o mesmo Espírito Santo quem inspirou a Palavra. O Espírito Santo nunca fica aquém ou vai além da Palavra. Ele fica na Palavra.
Todo nosso comportamento advém de uma filosofia de vida. Se a nossa filosofia de vida não está embasada na Palavra a queda será eminente.
As mega-igrejas, nesse assunto, têm prestado um desserviço ao Reino de Deus. Ao consagrarem ao ministério pastoral pessoas desqualificadas e despreparadas, inundam a seara do Mestre com o que há de pior e perpetuam os erros existentes. Têm tratado a consagração ao ministério pastoral como coisa de somenos importância. Pessoas que nunca sentaram em um banco de universidade ou mesmo de um seminário livre, de boa procedência, são consagradas a rodo e isso com toda pompa de espiritualidade. Tais “obreiros” assumem os púlpitos e pregam como se fossem donos da verdade, mesmo sem conhecerem nada da verdade. Como batalhar pela verdade se os que a tentam pregar desconhecem-na quase que por completo? Fico me perguntando como pode alguém ser consagrado ao ministério pastoral sem ter estudado antes? Como dizer que este alguém está pronto se nem ao menos conhece alguma coisa de teologia? Seria o mesmo que autorizarmos alguém a operar outro ser humano sem ter feito um curso de medicina. Seria o mesmo que autorizarmos alguém a construir um prédio sem ter feito engenharia. Alguns ponderarão que tais consagrações se dão somente no âmbito igreja local para cuidado de parte do rebanho. Daí termos que perguntar: "Mas qual cuidado pastoral terão com o povo? Ao oferecer esse tipo de pastor não estaria tal igreja desprezando seus próprios rebanhos, ou tratando as pessoas que ali se reunem como gado mesmo, animais irracionais e desprovidos de qualquer intelectualidade? Como aconselharão se desconhecem os princípios da psiquê? Como aplicarão a Palavra às vidas das pessoas se não sabem interpretá-la? Como prova do que digo relato um fato estarrecedor acontecido em uma igreja aqui em Belo Horizonte que me foi repassado por um colega de ministério: "uma senhora, membro de uma grande igreja, procurou um dos pastores da igreja. Tal pastor era especialista em "guerra espiritual e cura interior". Esta senhora estava deprimida e tomando medicamentos e quando tal pastor soube disso falou: "Quem toma medicamentos para depressão por mais de dois anos fica possesso de demônios". Tal senhora ficou aterrorisada e procurou este colega que me repassou tal fato. Ele se esforçou em convencê-la do contrário. Por isso, termos as mais variadas formas de desequilíbrios emocionais dentro das igrejas. Temos todas as formas de fetiches espirituais. Sabonetes ungidos, vales de sal, pulseiras com dizeres extravagantes como: “Impossível, mas Deus pode”, outros dão a “chave da vitória”. Coisas da idade média. Tais líderes responderão diante do Pai. Prestarão contas a Deus dessas atrocidades. Privam os homens da graça de Deus e os encarceram em prisões mentais jogando a chave fora.
A única maneira de libertarmos as pessoas é pela Palavra no poder do Espírito Santo. Se isso não bastar, nada mais resolverá.
Que tenhamos a coragem de lutar pela fé que uma vez foi dada aos santos.

Soli Deo Glória.

Pr. Luiz Fernando R. de Souza

quarta-feira, 7 de outubro de 2009

RESPOSTAS A ALGUMAS PERGUNTAS

Recebi algumas perguntas através do site de nossa igreja e as respondi nos boletins internos e via email. Hoje gostaria de transcrever algumas que achei interessante. Espero despertar o interesse para alguns pontos importantes. São respostas curtas e as fiz por causa de espaço. Abaixo quatro delas.

1 - POR QUE ALGUMAS PESSOAS SÃO CURADAS E OUTRAS NÃO, SENDO QUE RECEBERAM A MESMA ORAÇÃO NO MESMO CULTO?


Pergunta bastante pertinente. Podemos ver isso acontecer ao longo da história da igreja. Alguns são curados outros não e isso no mesmo culto, mesmo tendo recebido a oração por parte do mesmo pastor. Alguns dirão que os que não foram curados estavam em pecado e por isso Deus não pode abençoar. Outros dirão que os que não foram curados não tiveram fé suficiente para ocorrer a cura. Creio que ambas as coisas podem acontecer, mas para mim a grande verdade é que Deus é soberano e cura a quem quer, como quer e na hora que lhe aprouver. Mas Paulo nos lembrar que em todas coisas Deus trabalha para nosso bem. Se a cura estiver dentro dos planos de Deus para alguma pessoa, ela acontecerá porque os planos de Deus nunca são frustrados - Jó 42:2
Continuaremos a orar para que o Senhor manifeste Sua glória em nosso meio e assim muitas curas aconteçam.

2 - EXISTE UM SÓ TIPO DE FÉ NA BÍBLIA?

A Bíblia faz referência a alguns tipos de fé. Tem a fé salvadora. Está fé vem de Deus. (Ef. 2:8-9). Quando alguém se entrega nas mãos de Cristo e crê em Seu sacrifício vicário, ele o faz porque Deus lhe concedeu a fé salvadora. Existe outro tipo de fé que é a fé natural. Aquela fé que todos nós temos. Quando nos assentamos em uma cadeira, cremos que ela não quebrará sob nosso peso. Há o dom da fé que é concedido pelo Espírito Santo. Está fé é especialmente concedida para realizações de milagres. Geralmente vem ligada a uma cura ou algo semelhante. Isso mostra como a vida cristã é dinâmica e intensa. Deus concede estas capacitações para realizarmos sua obra.

3 - GOSTARIA DE SABER COMO VAI SER A AÇÃO E OBRA DO ESPÍRITO
SANTO DURANTE A GRANDE TRIBULAÇÃO.
O ESPÍRITO SANTO AGIRA NA TERRA NA ÉPOCA DA TRIBULAÇÃO? ELE ESTARÁ PRESENTE PARA CONVENCER PESSOAS DE SEUS PECADOS PARA
ACEITAREM A CRISTO JESUS? ( pergunta recebida pelo site www.Ibalianca.com )

Prezado irmão,
sua pergunta é muito interessante. Nesta matéria de Escatologia (doutrina das últimas coisas) como é tratada em teologia, existem várias opiniões sobre a volta do Senhor Jesus Cristo. Alguns intérpretes crêem que Ele voltará para arrebatar a igreja e depois haverá a grande tribulação e consequentemente o juízo final, outros não entendem assim, mas que não haverá arrebatamento, mas que a 2a vinda de Cristo é coincidente com o arrebatamento, outros que não haverá milênio. Daí já deu para perceber que não existe unanimidade quanto ao assunto. Dentro deste contexto teológico alguns intérpretes da Bíblia entendem que o Espírito Santo não estará atuando como atua hoje. Ele, segundo estes intérpretes, atuará como atuava no Antigo Testamento. Virá e voltará não permanecendo com as pessoas como o faz hoje. Outra linha de pensamento indica que a tribulação já está acontecendo e por isso Ele continua atuando em nosso meio. De qualquer maneira, Deus o Pai determinou que quem convenceria o mundo do pecado, da justiça e do juízo, seria o Espírito Santo. É Ele quem dá vida ao pecador. É Ele quem leva o homem a crer em Jesus Cristo por meio da pregação da Palavra de Deus. Portanto, a igreja passando ou não pela a grande tribulação o Espírito Santo estará atuando na sociedade humana, chamando os eleitos à salvação. Não existe mais de um modo de Deus salvar. A idéia que na grande tribulação as pessoas se converterão através do martírio é totamente estranha ao Novo Testamento e incoerente com a teologia. Espero poder ter ajudado um pouco em sua dúvida. Continue a escrever para nós, pois, é um prazer muito grande sua participação. Sempre que desejar estarei à sua disposição.

4 - A IGREJA BATISTA DA ALIANÇA É PENTECOSTAL OU TRADICIONAL?
O QUE O IRMÃOS ENTENDE POR FUNDAMENTALISMO BÍBLICO?

Prezado irmão,
agradeço sua pergunta e a entendo como muito oportuna.
Somos uma igreja batista com princípios reformados. Cremos nos dons do Espírito Santo, mas não somos pentecostais. Posso dizer que somos equilibrados. Em nosso rol de membros temos irmãos que vieram do metodismo, batistas tradicionais, presbiterianos, assembleianos. Como o irmão pode ver somos uma igreja que vem se pautando pelo equilíbrio na Palavra e isso torna nossa igreja, em Belo Horizonte, uma igreja alternativa. Nossas doutrinas são fundamentalmente batistas.
Quanto o que entendo por fundamentalismo bíblico gostaria de ponderar:
Esse termo tem vários significados, por isso, torna-se difícil uma posição intermediária. Mas em termos gerais, hoje em dia, ser fundamentalista é crer nas doutrinas tradicionais da Palavra de Deus e seus valores como: Nascimento virginal do Senhor Jesus Cristo, em Sua ressurreição, em Sua morte expiatória etc.
Diante de tanto afastamento da Palavra, quem crê nessas doutrinas fundamentais é chamado, hoje, de fundamentalista.
Podemos nos incluir no rol dos fundamentalistas bíblicos.

Soli Deo Gloria.

Pr. Luiz Fernando R. de Souza

quinta-feira, 1 de outubro de 2009

POR QUE PRECISAMOS DE AVIVAMENTO?

A vida da igreja no Novo Testamento foi marcada por uma dinâmica e compromisso que não vemos hoje em dia. Presenciamos gelo seco nos cultos, lutas de várias formas para atrair jovens em ringues dentro de igrejas, conversões espúrias que desonram a Cristo, oferecimento de libertações e vitórias que a Palavra não ensina. Tudo isso tem, mas não tem Jesus Cristo com seu poder para salvar o homem do pecado. Tem circo, mas não tem alegria no Espírito. Tem dança profética, mas não profecia. Tem atos proféticos, mas não profeta. Somente uma entrega absoluta de nós mesmos nas mãos do Espírito Santo poderá inverter o atual quadro da igreja. Cada vez que uma atrocidade é cometida por um neopetencostal, as igrejas históricas se fecham para tudo o que não podem definir. Colocam tudo o que Deus pode fazer dentro de uma camisa de força. Saiu disso, nada vale. Precisamos ver e entender que as atrocidades impetradas por pseudo-pastores desajustados emocionalmente e totalmente ignorantes da Palavra não são nossos balizadores, mas a Sua Palavra e aquilo que o Senhor vem operando na história. Precisamos de um avivamento. Precisamos de um soprar do Espírito Santo no meio da igreja do Senhor para que as cinzas sejam varridas para longe do salvos. Deus sempre, em momentos específicos, despertou sua igreja e a obra foi feita rapidamente. Em tempos específicos Deus sopra com seu Espírito e a igreja acorda, confessa pecados, multiplica-se em evangelismo e missões e sua presença se faz sentir de modo benfazejo. Tanto tradicionais como pentecostais admitem e aceitam que a igreja deve viver na dinâmica do Espírito Santo. Tanto pastores de igrejas históricas e de igrejas renovadas sabem que sem o agir do Espírito Santo tudo fica mecânico, difícil e sem brilho. Vejamos algumas considerações porque precisamos de um reavivamento.

1 – PORQUE A IGREJA PERDEU O FEVOR MISSIONÁRIO.

Cada ano que passa menos missionários são enviados para fora de nossas fronteiras e isso não mais nos incomoda. Cidades e regiões inteiras dentro de nossos estados e no mundo estão sem contato com o evangelho de Cristo. A igreja sofre de uma disfunção que poderíamos classificar de autofagia. Tem se alimentado de si mesma e está perdendo sua eficácia rapidamente. Já não consegue olhar para fora de si e ver que a seara está branca para ceifa. Somente trabalha para resolver seus problemas e isso tem satisfeito seus desejos. Já não se apresenta como a resposta para a perene pergunta de Deus: Quem há de ir por nós? O eis me aqui envia-me a mim é desconhecido de toda uma geração que cresce sem saber o que isso significa. Esta geração é autofágica. Devora-se a si mesma. Essa geração só pensa em dançar profeticamente, fazer atos proféticos, cura interior, batalha espiritual e em determinar as bênçãos de Deus. Esqueceu de levantar sua cabeça e ver que o mundo está indo de mal a pior. A resposta para as angústias e tragédias causadas pelo pecado está em Cristo e se Ele não for levado para cada ser humano, eles morrerão em seus pecados. A igreja não foi chamada para olhar para dentro de si mesma. Não foi chamada para se alimentar de si mesma. Israel foi chamado para fazer brilhar a luz de Deus. Israel deveria atrair as nações para Deus. Fracassou. A igreja foi chamada para ser a luz do mundo. Só que agora não deveria atrair, mas levar esta luz a todas as nações. Foi chamada para ser luz do mundo e uma luz acesa não se coloca debaixo de uma mesa, mas em cima para iluminar. No século XIX Deus enviou reavivamento no qual milhares de missionários foram enviados por todo o mundo. Poderia citar alguns: Jonatas Goforth (1859-1936) presbiteriano cheio do Espírito Santo trabalhou na China. Oswald Chambers (1874-1917) Batista cheio do Espírito Santo trabalhou no Japão e Egito. John Ryde (1865-1912) presbiteriano cheio do Espírito Santo trabalhou na Índia. Poderia discorrer sobre dezenas de outros, mas estes servem com bons exemplos. Sempre que o Espírito Santo sopra de forma peculiar a igreja sai de suas fronteiras e vê o mundo como seu campo de trabalho.

2 – PORQUE OS PÚLPITOS ESTÃO VAZIOS DA PALAVRA.

Precisamos de um avivamento porque os púlpitos estão vazios da Palavra. Hoje quase que exclusivamente só escutamos mensagens de auto-ajuda. Pregações sem o mínimo de conteúdo bíblico, mas que atendem as necessidades de um mercado ávido e consumidor de novidades como os atenienses nos dias de Paulo. Este tipo de pregação preenche o vazio gerado pelo pós-modernismo, onde os valores absolutos foram explodidos e a relativização tomou o centro. Não se prega Jesus e a cruz, mas prega-se sobre Jesus e a cruz. A verdadeira pregação não consiste falar algo sobre Jesus ou a cruz, mas falar incisivamente sobre Jesus e sua obra na cruz. Daí termos um contingente de cristãos ocos, light, vazios de tudo aquilo pode ser estrutura para enfrentar os embates da vida. Cristãos totalmente alienados da vida. Não se pratica mais o sermão expositivo. Os pastores têm medo de se defrontar com todo um livro da Bíblia. Sabem que terão dificuldades em explicar algumas passagens que são contra aquilo que vêem pregando há anos. Com isso a prática de um bom preparo para o sermão foi esquecida. Muitos pastores abrem a Bíblia na hora da pregação e pregam de qualquer jeito. Muitos criticam um bom preparo do sermão dizendo que a unção do Espírito Santo anula o esforço do preparo. Quero lembrar que a unção do Espírito Santo ajuda, fortalece e favorece aquele que se empenhou em extrair da Palavra aquilo de Deus quis falar. A unção do Espírito vivifica aquilo que foi apreendido e compreendido através de um esforço diligente. O Espírito Santo não abençoe ou vivifica a preguiça, a incompetência e a indolência. Um grande exemplo que temos é o de Jônatas Edwards. É tido como um dos maiores filósofos e teólogos da América do Norte. Viveu um grande avivamento por volta de 1737 e no meio desse avivamento pregava sermões puramente calvinistas. Enquanto vivenciava o avivamento nutria o povo com bons sermões fundamentados em princípios teológicos sadios, históricos e bíblicos. Não via incompatibilidade entre teologia, doutrina e unção do Espírito Santo.
Hoje em dia os “pseudos-apóstolos” pregam muito no Antigo Testamento e como são castrados mentalmente espiritualizam tudo e tentam aplicar para hoje. Forçam o texto a dizer aquilo que ele não diz e afirmam ser mensagem ungida para igreja. O povo de Deus está morrendo de anemia por falta de alimento sadio. Paulo queria todo homem maduro em Cristo. Os dons ministeriais na igreja foram dados para que todo cristão possa desenvolver seu ministério. Paulo aconselha Timóteo a pregar sobre todo conselho de Deus. Precisamos de um reavivamento para que os púlpitos voltem a florescer com e pela Palavra de Deus.

3 – PORQUE AS REUNIÕES DE ORAÇÃO ESTÃO VAZIAS.

O profeta Joel fez um alerta a Israel que vale para nossos dias. Falava do dia do Senhor e candentemente apelava ao povo para rasgarem seus corações e não suas vestes e disse mais: “tocai a trombeta em Sião, santificai um jejum, convocai uma assembléia solene.
Congregai o povo, santificai a congregação, ajuntai os anciãos, congregai as crianças, e os que mamam; saia o noivo da sua recâmara, e a noiva do seu aposento.
Chorem os sacerdotes, ministros do SENHOR, entre o alpendre e o altar, e digam: Poupa a teu povo, ó SENHOR, e não entregues a tua herança ao opróbrio, para que os gentios o dominem; porque diriam entre os povos: Onde está o seu Deus
?”.
Muitos acham que orar é somente pedir, reclamar, importunar Deus com nossos pedidos. Orar também é pedir, buscar e interceder, mas, além disso, é muito mais. Para mim orar é buscar intimidade com Deus. É se achegar ao Pai e aprender dele no sossego do nosso lugar secreto. Quem ama busca a companhia do amado. Temos um texto no sermão da montanha que me é muito especial. Está em Mateus 6:6 “Mas tu, quando orares, entra no teu aposento e, fechando a tua porta, ora a teu Pai que está em secreto; e teu Pai, que vê em secreto, te recompensará publicamente”. A construção no grego é fantástica. Ela diz assim: “Mas tu, quando orares, entra em teu aposento e, fechando a tua porta, ora a teu Pai que está em secreto; e teu Pai, que já está lá te esperando, te recompensará publicamente”. A idéia é que Deus já está nos esperando para aqueles momentos de comunhão, intimidade e relacionamento. Conta-se de G. Campbell Morgan, ministro inglês, esperava um pastor de outro país. Morgam disse à sua governanta para interrompê-lo quando o visitante chegasse. Ele entrou em seu escritório para orar às 07:00 e quando foi às 10:00 chegou o visitante. Sua governanta foi ao escritório chamá-lo, mas antes resolveu olhar pela fechadura para ver o que sucedia. O Dr. Morgan terminou de orar às 14:00 e saindo do seu escritório perguntou sobre o visitante. Soube que ele já havia almoçado e o aguardava na sala. Irritado indagou porque não havia sido chamado na hora que o visitante chegara. A governanta lhe disse: às 10:00 ele chegou. Fui avisá-lo, mas quando vi o ajoelhado orando e seu rosto brilhando, não pude interrompê-lo. Sua comunhão com Deus era demais para ser interrompida. Falei com o visitante e ele compreendeu perfeitamente.
Quando entramos em comunhão com Deus parace que o tempo deixa de ser contado. Não percebemos que oramos tantas horas.
A igreja não sabe o que é buscar Deus somente pelo prazer de ter comunhão com ele. Aprendeu que orar é somente pedir. Precisamos de um avivamento para que nosso povo volte a orar. Volte a clamar por um mundo perdido. Para que nosso povo e ministros do altar chorem por seus pecados e por uma visitação do Senhor. Os tempos são maus. As angústias aumentam. Sem oração tudo fica mais difícil.
A história mostra que antes dos avivamentos acontecidos houve um movimento de oração por parte da igreja. As vezes meses ou anos de oração antecederam os avivamentos. Mas quando chegou regiões e países inteiros foram despertados. Conversões verdadeiras aconteceram aos milhares. Igrejas foram cheias rapidamente por pessoas desejosas de um encontro pessoal com Cristo. Hábitos foram mudados e o temor do Senhor estava em toda parte. Os cultos duravam 4, 6 ou 8 horas ininterruptas.

4 – PORQUE MUITAS CONVERSÕES SE MOSTRAM ESPÚRIAS.

No Brasil têm acontecido conversões de pessoas famosas. Deus salva em qualquer esfera social. Louvamos a Deus pelas conversões verdadeiras. Mas algumas personalidades quando entram para igreja logo são jogadas na arena gospel e viram espetáculos. Sem nenhuma base doutrinária são consagradas pastores, como o caso do cantor Lázaro. Isso que fizeram com este cantor foi covardia. Mas algumas estrelas da mídia ao se converterem não demonstram mudança de vida. Descaradamente se dizem evangélicas e continuam sem mostrar arrependimento. Quando falam de seus passados não se envergonham de nada. Uma ex-atriz pornô que se diz convertida, disse não se envergonhar de seus filmes pornográficos. Outra manteve um caso com um presidiário do antigo Carandiru, tendo filhos com ele e dizendo-se cristã. Outra se deixou fotografar para revista masculina e quando foi interpelada sobre este novo trabalho fotográfico, pois era evangélica, disse que quem não quisesse ver estrelas que não olhasse para o céu.
Um evangelho desprovido de arrependimento e da cruz não poder gerar conversões genuínas. Um evangelho onde Cristo não é o Senhor só pode gerar conversões espúrias e difamatórias. Muitos confundem freqüentar igreja com conversão. As igrejas estão cheias de pessoas que irão para a perdição eterna. Mas os líderes querem seus ambientes lotados, seus gazofilácios cheios e muito movimento. Não mais importam se seus ouvintes são salvos ou não.
Precisamos de reavivamento para que as conversões se tornem em testemunhos brilhantes de mudanças de vidas. Conversões que apontem para suficiente graça de Deus. Conversões que honrem Jesus Cristo como Senhor de suas vidas.

5 – PORQUE A IGREJA FOI TRANSFORMADA EM MERCADO GOSPEL.

Querem transformar a igreja e um grande mercado. Criaram ou adaptaram o termo gospel para segmentar os evangélicos. Tudo hoje é gospel. Nunca houve na história da igreja tamanha banalização do sagrado como agora. Temos espaços gospel nas igrejas para vendas de produtos. Já não incomoda mais o lugar de culto também ser lugar de comércio. A ganância venceu o temor e a reverência. Cantores gospel dão shows. Agem como se fossem artistas mundanos. Cobram valores astronômicos para se apresentarem como se fossem especiais demais. Ficam milionários usando descabidamente o nome de Deus, cantando aquilo que deveria ser louvor a Deus. São nojentos e intragáveis a maioria desses cantores gospel. Suas músicas são afronta à glória de Deus. . As letras são ordinárias e ridículas. Ouvir causa náuseas em qualquer um. Suas posturas envergonham tudo o que é sagrado. Fico pensando: 1 – a vida que possuem vem de Deus. 2 – os talentos que apresentam vêem de Deus. 3 – as oportunidades são de Deus. 4 – os temas que abordam falam sobre Deus. No entanto, vendem tudo isso como se fosse deles. Barganham com tudo aquilo que receberam de Deus para seus próprios benefícios. Enriquecem-se rapidamente com aquilo que não lhes pertence e no final dizem que o Senhor os levantou como geração profética de adoradores. Que fazem tudo para glória de Deus. Precisamos de avivamento para que os pecados sejam confessados e abandonados no meio evangélico. Que a glória que pertence a Deus seja tributada somente a Ele. O que importa que Ele cresça e que eu diminua.
Há uma canção evangélica chamada Meu Tributo. Ela diz mais ou menos assim: “e se surgir um louvor ao Calvário seja sim”. Que verdade maravilhosa! Pena que foi esquecida. Para os cantores gospel os louvores surgem e eles ficam com eles, não os levam para o Calvário. O exemplo mais irritante disso é o chamado troféu talento. Essa idéia é mundana, perversa e nociva à igreja. Os agraciados recebem suas premiações, aplausos, louvores. Vivem seus 5 minutos de fama e glória e com a maior “humildade” dizem que a glória é de Deus. Se a glória fosse para Deus nunca iriam lá receber troféu nenhum. Fico imaginando um troféu talento para pregadores do Novo Testamento. Apóstolo Paulo, destaque entre os apóstolos. Pedro, revelação na evangelização entre os judeus. Timóteo, jovem revelação como pastor. Dupla missionária revelação, Paulo e Silas.
Ridículo isso. Ainda bem que é só imaginação.
Hoje promovem turismo em grandes navios para evangélicos. Roupas para evangélicos. Água evangélica e essa onda não tem mais onde parar.
Precisamos de reavivamento para a igreja deixar de ser mercado e voltar a ser corpo. Avivamento para que haja repulsa contra essa mundanização crescente no meio evangélico.

Tenho orado para chegue o avivamento. Para que o Senhor torne a visitar sua igreja e a faça acordar de seu sono letárgico. Oro para que as lideranças se conscientizem que não são donos das igrejas, mas pastores, servos e modelos para os cristãos.
Deus é Senhor de tudo. Com certeza Ele agirá.

Soli Deo Gloria.

Pr. Luiz Fernando R. de Souza

sexta-feira, 25 de setembro de 2009

MARCAS DE UMA IGREJA DOENTE

Depois de mais de dois mil anos de cristianismo. Depois de tantos concílios universais da igreja. Depois de tantos milhares de livros escritos sobre toda a teologia, esbarramos no sec. XXI com uma igreja doente. Deveria estar sadia, viçosa e madura, mas se encontra raquítica, doente e vem perdendo sua força a cada geração. Sua importância é questionada e seu valor posto à prova. Igreja por natureza é um corpo vivo, atuante e transformador. Seus membros devem crescer pela Palavra e testemunho. A igreja deve marcar mais pelo contraste do que pela semelhança. Mas em nossos dias ela vem se igualando ao mundo e oferecendo exatamente o que o mundo já tem e não satisfaz. Gostaria de analisar algumas marcas que aponta para uma igreja doente.

1 – Gigantismo em Lugar de Crescimento.

Hoje o padrão para se avaliar a benção sobre uma comunidade é o número de frequentadores. Não importa se são salvos ou não, mas se está cheio. Tomando este padrão como norma para as épocas da igreja, veremos que o próprio fundador da igreja foi um fracasso, pois, deixou somente 120 discípulos e estes medrosos. Se tomarmos este padrão para o mundo árabe, veremos que os missionários que trabalham por lá a mais de vinte anos são fracassados, pois, suas congregações são compostas por pouquíssimos convertidos nativos. Não sou contra congregações grandes, sou contra a despersonalização que elas geram. Os membros deixam de ser ovelhas e tornam-se estatísticas. Tem sites de igrejas que mostram, como se fosse um troféu, o número de membros arrolados com dizeres mais ou menos assim: “hoje já somos tantos milhares...”. Com isso querem mostrar que o Senhor é mais bondoso com eles que com as demais congregações? Esse gigantismo é uma distorção gritante do que a Palavra diz. A Palavra diz que a igreja é um corpo ajustado com cada parte ajudando as demais no exercício de suas funções. Os dons são distribuídos visando o crescimento do corpo. Mas a antítese do gigantismo vivido atualmente é a inanição dos membros. Estes não crescem na proporção do número de membros. São crianças espirituais e crianças não trabalham, dão trabalho. Abraçam qualquer ensinamento de forma acrítica e vivem de onda em onda. A igreja está doente porque aceita ser medida pelos padrões de desempenho empresarias, mundanos que pelos padrões de Deus. Está doente porque confundiu gigantismo com crescimento.

2 – Muito Dinheiro Investido em Prédios e Pouco em Missões.

Se fizéssemos uma análise do valor patrimonial das 20 maiores igrejas nos pais ficaríamos estarrecidos com quantos milhões de Reais estão invertidos em templos suntuosos. Cada vez mais as igrejas buscam prédios maiores com o argumento que precisam de maiores espaços para acolher seus membros. Esquece-se que cada novo templo, por maior que seja já nascerá pequeno, pois, o crescimento natural da congregação inviabilizará qualquer empreendimento imobiliário. Alguns líderes afirmam que possuem um patrimônio de tantos milhões de dólares, como se fossem deles tais igrejas. Outro dia ouvia um sermão de um apóstolo, dos mais insanos possíveis, no qual dizia que havia construído uma igreja de R$ 35.000.000,00 no meio de uma floresta tropical. Ele se gabava do fato de ter nascido no nordeste e agora estar onde está. Paulo pensava o contrário quando disse: “Mas pela graça de Deus sou o que sou; e a sua graça para comigo não foi vã, antes trabalhei muito mais do que todos eles; todavia não eu, mas a graça de Deus, que está comigo”. I Cor. 15:10. Paulo sempre apontava para a graça de Deus. Nunca achou que nele havia algum bem ou valor, mas sempre a graça. Ele foi enfático neste versículo quando disse: “todavia não eu, mas a graça de Deus, que está comigo”. Paulo sofria e lutava para que Cristo fosse formado em seus ouvintes. “Meus filhinhos, por quem de novo sinto as dores de parto, até que Cristo seja formado em vós”. Gal. 4:19. Quando investimos em pessoas os ministérios acontecem, os dons de ajuda mútua emergem e a obra expande. A igreja está doente porque olha para dentro de si mesma enxergando somente suas necessidades e esquece-se de olhar para a seara que está branca e pronta para ceifa. Vejo os relatórios da convenção da qual faço parte e fico estarrecido com os valores aplicados em missões. Acredito que o executivo regional desta convenção deva ganhar um pouco menos do que o total investido em missões no estado. Não sou contra remunerar bem pessoas que se esforçam para o crescimento do Reino. Mas a necessidade de um não pode ser mais significativa que todo um estado. O erro está em investirmos pouco, muito pouco em missões. Nunca soube de um alvo missionário para envio de 100 missionários para missões em um ano específico. Sempre os alvos são financeiros e estes, salvo engano, nunca são alcançados, porque a igreja não tem consciência missionária. A igreja está doente porque acredita que possuindo prédios gigantescos estará influenciando o mundo e mesmo o salvando. A igreja está doente porque já não mais chora pelos perdidos e seus destinos, mas se alegra com um capitalismo travestido de espiritualidade. A Igreja está doente porque perdeu seu grande alvo, o mesmo de Cristo, buscar e salvar o perdido.

3 – O Pragmatismo é Mais Importante Que a Palavra.

Fomos assaltados pelo pragmatismo. Se funciona deve ser de Deus. Não perguntamos se está de acordo com a Palavra. Deu resultado esqueça o resto. Um pregador pela televisão disse que não estava pedindo dinheiro naquele mês, em seus programas, porque muitos haviam ofertado para seu ministério depois que um profeta havia prometido uma unção financeira ilimitada por R$ 900,00. Deve ter entrado muito dinheiro mesmo depois de tal profecia para que tal pregador jogasse no lixo a razão, a consciência e a Palavra. Isso é pragmatismo ao extremo. Parece-me que para tais pessoas os meios justificam os fins. Nem tudo que funciona vem de Deus. Nem tudo que dá certo tem apoio na Palavra. Temos um exemplo dramático no Antigo Testamento. Israel quando saiu do Egito não se dispersou no deserto porque adorou o bezerro de ouro. Um fim foi alcançado, a não dispersão, mas ao preço de sacrificar a comunhão com Deus. O pragmatismo sacrifica a Palavra no altar do erro e do oportunismo.

A igreja está doente porque aceita os resultados sem prová-los pela Palavra. A igreja está doente porque a Palavra foi preterida como regra de fé e prática.

4 – Emoção Sim, Razão Não.

Os cristãos modernos são chorosos, gritadores, histéricos menos racionais. Os pastores, não em sua totalidade, incentivam a irracionalidade e a emoção extrema como forma de espiritualidade. Acham que se o povo gritar e pular é porque o Espírito Santo está agindo. Não me entendam mal. Creio que a presença de Deus pode mexer com todo nosso ser e podemos ter reações não convencionais, como aconteceu na época de Jonathan Edwards (1734). Mas somente emoção destituída de razão é um absurdo. John Mackay disse: “Ação sem reflexão á paralisia da razão”.

Hoje em muitas igrejas existe a mania ou tendência de dar um brado de vitoria. O povo grita até ficar rouco. Isso é catarse pura, mas confundem sair desses cultos aliviados com sair dali abençoados. Paulo nos encoraja a praticarmos um culto racional (Rm. 12:1). Paulo nos encoraja a buscamos a sabedoria e o conhecimento para aprovarmos as obras de Deus.

A igreja está doente porque exalta a emoção e esquece-se da razão. Está doente porque o arrepio vale mais que a Palavra que em tudo pode nos tornar aptos para salvação.

5 – O Evangelho da Cruz Foi Sacrificado no Altar de Mamon.

Não é preciso ser experto em economia e finanças para identificar a crise que vive a igreja. Numa nação onde a justiça social é pouco praticada, a renda está concentrada nas mãos de poucos, o abismo entre ricos e pobres aumenta assustadoramente e os efeitos desastrosos de uma política neoliberal se fazem sentir, nada mais seduz as pessoas do que a oferta de dinheiro fácil, haja vista, o alto grau de endividamento dos aposentados após o governo federal permitir um comprometimento de suas rendas em empréstimos junto a bancos. O lucro dos bancos têm sido astronômicos. O povo endividado até o pescoço e os banqueiros colhendo os maiores resultados das últimas décadas. Neste contexto o que mais cresce no Brasil são casas lotéricas, bingos, jogos eletrônicos proibidos e igrejas. Atraem os pobres com promessas de enriquecimento rápido. As loterias e congêneres pela facilidade de aposta e as igrejas com a doentia teologia da prosperidade ou da vitória financeira. Estamos promovendo a maior desevangelização do Brasil. Estamos perdendo um momento precioso de anunciarmos o evangelho da cruz que gera arrependimento, fé e o novo nascimento. Em muitos lugares o evangelho da cruz foi substituído pelo evangelho da prosperidade que gera ganância, barganha, materialismo e grandes desapontamentos. Sabemos que a maioria nunca chegará a gozar das falsas bênçãos apregoadas por pregadores gananciosos, materialistas e desumanos. Está emergindo toda uma geração de cristãos decepcionados com o evangelho de Cristo. Pessoas que no médio e longo prazo nada farão pelo Reino de Deus, porque estão tentando absorver ou conviver com as frustrações que tiveram nas igrejas que pregam tais distorções.

Há bem pouco tempo acusávamos os católicos romanos de idólatras porque adoravam outros deuses ou santos. Mas deparo-me com a idolatria no meio evangélico. Não adoramos santos nem deuses, estamos adorando Mamon.

A igreja está doente porque oferece os benefícios da cruz sem a cruz. A igreja está doente porque aponta para este mundo como um fim em si mesmo. A igreja está doente porque se esqueceu de dizer ao homem que somos peregrinos em um mundo hostil a Cristo e seu evangelho.

6 – Teologia e Clareza Doutrinária Não, Revelações Sim.

Hoje em dia para tudo há uma nova unção. Unção de nobreza de Salomão por R$ 10.000,00, unção de Abraão por ter agarrado a camisa de um profeta judeu norte-americano, unção de Ester, unção do Leão de Judá, unção de Davi, unção apostólica e por ai vai. Nunca vi tanto besteirol no meio cristão. O pior é as pessoas acreditarem que isso é verdade. Sacrificam suas competências mentais em nome de uma espiritualidade doentia e insana. Visões, palavras proféticas, atos proféticos tudo isso mostrando o vazio interior de líderes confusos e desequilibrados. Os cristãos acham que qualquer pessoa que fala em nome de Deus ou se diz pastor merece crédito. Estamos vivendo um momento onde milhares de pastores autocomissionados e mesmo consagrados a rodo falam em nome de Deus. Como não possuem formação teológica sadia ou mesmo compram seus diplomas teológicos de pessoas desqualificadas e desonestas, falam sobre revelações, visões que nunca tiveram usando a Bíblia como um manual manipulável e manipulador de massas. As massas evangélicas foram cooptadas por certo triunfalismo, certo utilitarismo e mesmo hedonismo, onde o que vale mais é a sensação prazerosa e imediata. Tem mais valor a estética do que a ética, o sentir e não o pensar e a quantidade e não a qualidade.

A igreja está doente porque as novas revelações são mais importantes que A Revelação da Palavra.

A igreja está doente porque os sentimentos são mais valorizados que o pensar consistente.

A igreja está doente porque relativizou a Palavra de Deus. Está doente porque não possue mais valores absolutos.

Mas ainda resta muita esperança porque o Soberano Senhor está no controle de tudo. Ainda resta esperança porque existem homens e mulheres de Deus que pagam um preço pela sanidade, integridade e não se curvam, nem se embriagam com estas posturas alucinadoras. Existem servos de Deus que não se venderam, nem pagaram por bênçãos e nem relativizaram os fundamentos da fé e de uma vida cristã integral.

Ainda há esperança para igreja, eu creio nisso.

Soli Deo Gloria.

Pr. Luiz Fernando Ramos de Souza

quinta-feira, 17 de setembro de 2009

PROFETAS AMERICANOS – COISAS QUE FICAM OCULTAS

Fiquei pensando quanta verdade está por trás dos grandes profetas da atualidade. Diante da insistência em reprisar em seu programa Vitoria em Cristo a “profunda e bíblica” profecia de Morris Cerullo, comecei a pesquisar o que está acontecendo com o profeta americano. Encontrei no site do Pr. João A. de Souza Filho (http://www.pastorjoao.com.br )uma postagem sobre o assunto. Pedi autorização do mesmo para publicá-la em meu blog e a obtive. Abaixo o texto na íntegra. Quero que ressaltar que não conheço Morris Cerullo nem tão pouco tenho amizade com o Pr. Silas Malafaia.

MORRIS CERULLO – HOMEM DE DEUS OU UMA FRAUDE?

Tradução de João A. de Souza Filho
Nota do Tradutor:
Leitor: Traduzo este artigo, não visando atacar o Morris Cerullo. Fui intérprete dele em duas ocasiões e acompanho o ministério dele desde 1962. Participei também de uma conferência em San Diego, Ca. em 1971. Mas, desde então, o homem, ao que parece, mudou!

Morris Cerullo é pastor das Assembléia de Deus e pregador de cura divina. A mansão onde mora está localizada numa das áreas mais caras de um subúrbio da América do Norte protegida por dois grandes portões e está valorizada em 12 milhões de dólares. É propriedade dele. Apenas ele e sua esposa vivem ali, e afirmam que vivem setenta por cento do tempo no campo missionário... Que desperdício do dinheiro de Deus.
O jatinho particular de Cerullo, um Gulstream G4 é avaliado em 50 milhões de dólares. Ele emprega dois pilotos tempo integral e uma comissária de bordo que afirmou que o avião é ornado com um painel de ouro. Ele já possuiu três aeronaves similares.
Ele se diz um produtor de milagres, mas está sendo investigado pela forma como levanta dinheiro. John Paul Warren, executivo que trabalhou para Morris Cerullo entrou com uma ação na justiça contra a organização, depois de confrontar a Morris Cerullo quanto a “maneira antiética e as técnicas que ele usa para recolher ofertas do povo”. Esta é a segunda ação judicial contra Cerullo. Warren, um respeitado pastor da terceira geração de assembleianos moveu a ação em maio de 2000 na corte superior do condado de San Diego. A ação foi aceita pelos procuradores Dean Broyles e Tim Rutherford de San Diego e Hunter Lundy, da Lousiana. Este último foi o que obteve sucesso em sua ação contra o tele evangelista Jimmy Swaggart em 1991 que resultou na condenação de Swaggart.
Cerullo se apresenta como “Dr. Cerullo” mesmo sem graduação universitária ou merecimento do título, afirma Lundy. “Ele é o chefe principal dos escritórios do MCWE – Morris Cerullo World Evangelism – o centro do controle missionário, mas não serve como pastor nem é membro de nenhuma igreja local ou congregação”. Cerullo levantou milhões de dólares para comprar a propriedade do tele evangelista Jim Bakker, quando este caiu em pecado e foi condenado e enviado a uma prisão federal por fraude.
Cerullo afirma que teve um encontro com Deus aos oito anos de idade. A partir daí as experiências divinas se sucedem, afirma Lundy. “Ele afirma que foi conduzido para fora de um orfanato judeu por dois seres celestiais; transportado aos céus e viu a Deus face a face. Consegue prever o futuro, curar os enfermos e prende seu auditório pedindo que todos olhem pra ele, porque olhando pra ele veem o próprio Deus. Ele usa expressões como: “Entreguem-me suas carteiras de dinheiro”. “Olhem para o profeta de Deus”.
Conforme Broyles, o alvo principal de Cerullo é levantar milhões de dólares em nome de Deus para poder manter seu estilo de vida esbanjador tanto nos Estados Unidos como no além-mar.
“As vítimas das táticas de Morris Cerullo e a fonte de seus milhões de dólares são os idosos, as viúvas e os pobres aqui dos Estados Unidos e também de pessoas desesperadas de outras nações”. Broyles afirma que as táticas de Cerullo para levantar dinheiro incluem solicitações diretas, conferências de oração, a venda de vídeos, comerciais televisivos e campanhas por cartas, e usa de todos os meios para oferecer às pessoas falsas promessas.
Warren que conhece a fundo a organização diz que “Cerullo faz muitas promessas aos seus contribuintes, promessas que ele sabe não poder cumprir. Levanta dinheiro para projetos populares, consegue contribuições, mas nunca leva adiante os projetos e fica com o dinheiro”. Warren afirmou que assim que chegou a San Diego para assumir a direção dos escritórios da organização que Cerullo usava o status de filantropia da MCWE para ganhos pessoais. “Cerullo mercadeja o evangelho para fins de enriquecimento pessoal”, afirma Warren. Ele já pediu a Cerullo que se arrependa dessas práticas e que devolva o dinheiro para seus patrocinadores, mas este se recusa fazê-lo.
David, filho de Morris Cerullo dirige a rede PTL (Praise the Lord – Glória a Deus), que agora é conhecida como INSP – Inspiration – com sede na Carolina do Norte, que serve como mídia para enviar e solicitar os pedidos de Cerullo e angariar novos patrocinadores. “Nem o MCWE ou a rede de inspiração (Inspiration Network) prestam contas a qualquer organização” afirma Rutherford. “De fato, Cerullo, sua esposa e seu filho Davi são todos membros diretores da mesma organização a MCWE.”
Os procuradores de Warren afirmam que, segundo suas fontes, 70% da receita de Cerullo vem de atividades comerciais da organização, o que bate de frente com a atividade filantrópica que lhe dá isenção de impostos.
“Cerullo vive numa mansão confortável de doze milhões de dólares na área mais cara do Ranch Santa Fé, próxima a San Diego. A organização MCWE possui e controla várias propriedades, carros de luxo e um jatinho particular decorado a ouro. Ele declarou que seus bens valem hoje mais de cem milhões de dólares. Será que isto é admissível como estilo de vida de um pregador do evangelho?”, pergunta Lundy.
Os procuradores afirmam que Cerullo sempre arrumou problemas em sua organização. Muitos ex-empregados entraram com ação por violação de direitos na América. Ele também está impedido de pregar na televisão da Inglaterra a menos que prove que realizou aqueles milagres. Cerullo se protege com o argumento de que a constituição americana não permite que um ministro do evangelho mova uma ação contra outro ministro. A sentença sairá nos próximos meses.
John Paulo Warren quer que a comunidade cristã da América conheça a verdade sobre Cerullo. Ele disse que durante dois anos pediu ao Cerullo que se submetesse à liderança de uma igreja para poder ser corrigido, mas Cerullo sempre rejeitou. Ele disse que viajou com Cerullo pelo mundo todo e é testemunha ocular de primeira mão. Por isso decidiu levar seu ex-chefe à Corte.
A corte de apelação do Estado da Califórnia declarou em 3 de janeiro de 2002 que a organização do Cerullo, com base em San Diego está imune de litígios sob a Primeira Emenda, que orienta as cortes a não se envolverem em disputas internas de grupos religiosos.
“Você entregaria sua carteira totalmente nas minhas mãos, pergunta o Senhor. Sim, obedeça a minha ordem” (Palavra impressa da Conferência de Vida Profunda, Março de 1982 p 15).
A seguir, na reportagem estão as ações de quinze pessoas contra Morris Cerullo, o que não será necessário traduzir.
A principal acusação é de que Morris Cerullo se alimenta de um altar de ouro!

Fonte: http://www.cephas-library.com/evangelists/evangelist_morris_cerullo_fraud.htm

Soli Deo Gloria

Pr. Luiz Fernando Ramos de Souza

quarta-feira, 9 de setembro de 2009

NEPOTISMO ECLESIÁSTICO

Nepotismo (do latim nepos, neto ou descendente) é o termo utilizado para designar o favorecimento de parentes em detrimento de pessoas mais qualificadas, especialmente no que diz respeito à nomeação ou elevação de cargos. Originalmente a palavra aplicava-se exclusivamente ao âmbito das relações do papa com seus parentes, mas atualmente é utilizado como sinônimo da concessão de privilégios ou cargos a parentes no funcionalismo público. Distingue-se do favoritismo simples, que não implica relações familiares com o favorecido. Prática tão nefasta no serviço público que vem ganhando contornos de espiritualidade no meio cristão. Observo cada vez mais pastores praticando o nepotismo descaradamente. Fazem do ministério um meio de empregar seus filhos e parentes mais próximos. Vejo que o ministério pastoral virou um meio não um ideal de vida. Para tentar ter domínio sobre uma igreja consagra-se grande número de parentes e sem o menor constrangimento. Filhos de pastores que nunca souberam o que é trabalhar por uma hora sequer são consagrados a pastores para suceder seus pais quando estes deixarem o ministério. Muitas vezes filhos de pastores que possuem um passado conturbado, profano que precisa ser escondido de qualquer maneira, assumem púlpitos com ares de santidade e vasto conhecimento. Assumem igrejas de portes razoáveis e dizem que Deus os chamou para o ministério. Irmãos, sobrinhos, genros e o que mais aparecer assumem a liderança da obra de Deus sem ao menos terem sido provados pela vida, igreja e por Deus. Se as igrejas fossem consultadas sobre tais consagrações nunca teriam aprovado tais atos. Muitos consagram seus filhos e parentes ao ministério pastoral como se fosse um negócio que passasse de pai para filho. Tratam a sucessão pastoral como se fosse coisa hereditária. Isso não é dinastia onde os sucessores pertencem à mesma família. Tenho visto pastores chegando ao fim de suas vidas como Eli chegou ao fim da sua. Filhos que levam o povo de Deus ao erro e ao escândalo são alçados às lideranças e os pais com medo de submeterem a Deus a sucessão pastoral, usam do poder que lhes foi conferido para calar a voz da comunidade e da Bíblia. Sujeitam o povo de Deus a lideranças descaracterizadas e rudes e se esquecem que o Senhor é o Sumo Pastor. Não sou contra filho de pastor receber chamado ministerial. Sou contra essa tendência pernóstica que infiltrou no seio da igreja. Tal filho tendo um chamado ministerial que curse uma universidade, depois faça um mestrado e em seguida uma boa faculdade teológica. Que preencha os requisitos de I Timóteo e Tito, que não seja neófito, quem goze de bom testemunho dos de fora e a igreja local, em sua maioria, reconheça tal chamado. Anos atrás encontrei um pastor que havia cursado comigo o mesmo seminário. Ele me disse que havia insistido com seu filho para estudar e trabalhar, mas que o rapaz se recusava. Como última alternativa ele disse para o rapaz: “então vá ser pastor”. Logo em seguida me perguntou o que eu achava disso. Eu lhe respondi do jeito que a coisa veio: “Seu filho é tão desqualificado quanto você. Tal pai tal filho”. Virou mania no meio evangélico pastores dizer que existe uma unção especial sobre filhos de pastor. Outro dia, em uma reunião da ordem de pastores que freqüento, um pastor disse que Deus lhe havia dado uma revelação que todo filho de pastor era pastor. Nunca ouvi tal atrocidade como aquela. Revelações esdrúxulas e carnais como estas somente atrapalham o meio cristão. Tais revelações passam por cima da Revelação da Palavra. Filho de pastor que não for alcançado pela graça de Deus perecerá como perece o ímpio. Alguém já disse no passado: “Deus não tem netos, somente filhos”. Mas que o Senhor se apiede de nós pastores e nos dê a graça de conduzir nossos filhos ao pleno conhecimento de Cristo. Que a igreja possa se submeter ao soberano Senhor e aceitar suas decisões. Que nós pastores sejamos mais fieis no trato das coisas de Deus. Em Cristo que não faz acepção de pessoas.

Soli Deo Glória

Pr. Luiz Fernando R. de Souza

sábado, 5 de setembro de 2009

A IDADE DAS TREVAS E A IGREJA NO SEC. XXI

Quando estudava na faculdade de História a disciplina que mais me atraia era História Medieval. Talvez porque tenha me identificado com o professor. Sei que investi muito dinheiro adquirindo livros sobre este período da nossa história. O imaginário medieval é algo espetacular. As justificativas eram sempre apelando para o espiritual e sobrenatural. Em nome de Deus chegou-se a vender perdão de pecados, pedaços da cruz de Cristo, pedaços dos ossos do jumento que levou Jesus para Jerusalém. Visitar túmulos de santos era uma prática que estava na moda. As Escrituras Sagradas eram distorcidas para atender as demandas financeiras e de poder da Igreja Romana.
Quando conclui meu curso verifiquei que, em termos espirituais, a igreja retrocedeu àquele período. Abandonamos os pressupostos teológicos sadios e abraçamos com ânsia o imaginário medieval. Quem crê que uma boa teologia é fundamento para crescimento sadio da igreja é taxado de herético ou mesmo frio e tradicional e merece o tribunal do santo oficio moderno (evangélico). A igreja está à sombra da Idade Média. Suas práticas são medievais e encontrou no vazio da pós-modernidade o terreno ideal para crescimento. Vejamos algumas práticas medievais em andamento:
1 – Atos proféticos – Terminologia desconhecida da Bíblia. Acredito que por não vivenciarmos com clareza, decência e boa base bíblica os dons espirituais, alguns despercebidos “teólogos” cunharam esta terminologia inócua. Para tais, os atos proféticos são comportamentos feitos aqui na terra que terão como conseqüência suas realizações no mundo espiritual. Daí vermos comportamentos dignos de dó e de total desprezo. Alguns em nome de uma espiritualidade doentia chegaram a tomar um avião e despejar óleo ungido sobre cidades, achando que assim estariam abençoando tal área geográfica. Ouvi de um pastor em um programa de televisão que: “por ter entendido que o óleo ungido seria jogado sobre Belo Horizonte então os demônios sairiam de Belo Horizonte e iriam para Sabará, lugar originador de Belo Horizonte”. Tal pastor correu para sua cidade (Sabará) e realizou atos proféticos para impedir a chegada dos demônios que supostamente sairiam de Belo Horizonte. Sabará é cidade vizinha a Belo Horizonte.
Outros convocaram os membros de suas igrejas para se posicionarem na Avenida do Contorno, em Belo Horizonte, para derramarem leite e mel sobre cada quarteirão desta avenida no intuito de ver a cidade prosperar.
Fiquei a me perguntar: o que mudou após tais atos proféticos? Os índices de criminalidade, prostituição, tráfico de drogas etc., diminuíram? Há poucos anos tínhamos em Belo Horizonte uma média de 03 mortes por final de semana. Hoje chegamos a mais de 20. Por que tais atos proféticos não resultaram em melhoria desses índices? A reposta mais simples é que são inócuos.
2 – Nomes Amaldiçoados – Pratica anti-bíblica. Alguns crêem que alguns nomes trazem consigo maldição e que pessoas que possuem tais nomes são amaldiçoadas. Daí vermos um comportamento infantil de até pastores trocarem seus nomes. Parece com a prática da numerologia que diz que alguns nomes precisam ser modificados para atrair melhorias em diversas áreas. A verdade é que não existem nomes amaldiçoados. A verdade é que tal ensinamento aprisiona pessoas em nome de Deus. Adoece e não apresenta cura, pois, a simples troca de nomes nada significa no mundo espiritual.
3 – Quebra de Maldições Hereditárias – Prática anti-bíblica. Alguns pregadores afirmam que demônios perseguem famílias inteiras. Que demônios que oprimiram parentes no passado acompanham as gerações posteriores. Milhares de cristãos adoecem por causa de ensino herético. Para tais pregadores necessário se faz fazer correntes espirituais para quebrar tais maldições. No final da corrente o pastor ora e o mal vai embora. Isso cheira a xamanismo. Isso cheira a animismo. Nada me convence que isso não é somente para tirar dinheiro dos pobres cristãos, que em tudo são muito crédulos. Se o sacrifício do Senhor Jesus Cristo na cruz não foi suficiente para nos libertar de qualquer maldição, então nada mais será. Se o sangue derramado na cruz não quebra nossas maldições, muito menos a oração de um pastor qualquer. Paulo nos diz que já somos mais que vencedores em Cristo Jesus. João nos ensina que o maligno não nos pode tocar. Pedro nos lembra que somos povo de propriedade exclusiva de Deus, sacerdócio real, nação santa. Isso bastaria para nos deixar descansados. Mas os homens criaram mediadores para interferirem na obra do Calvário. Em Cristo todo cristão é completamente livre. Satanás é limitado por ser criatura. Somente age dentro dos limites que Deus permite. Deus nunca nos entrega nas mãos de Satanás. Em Cristo somos novas criaturas, entramos em um novo aion (tempo) onde Cristo é nosso Senhor e a escravidão do passado foi revogada e cravada na cruz.
4 – Dar legalidade – Prática anti-bíblica. Ensino esdrúxulo que diz que se pecarmos damos legalidade para o diabo atuar em nossas vidas. Como se nossa salvação tivesse dependido exclusivamente de nós ou se nós tivéssemos grande parte nessa salvação. Quando Cristo nos comprou na cruz passamos a ser dEle. Somente dEle. Fomos comprados por bom preço conforme Paulo nos diz em primeiro Coríntios. Precisamos lembrar que a Graça de Deus nos foi comunicada. Que fomos salvos pela Graça e somente isso. Que a cruz nos leva a ser propriedade exclusiva de Deus. Se somos propriedade exclusiva de Deus não temos direito de dar legalidade para o diabo em instância alguma. Paulo se dizia escravo de Cristo. Escravo não tem vontade, poder e não possui nada para dar. De onde tiraram que podemos dar legalidade ao diabo?
Com esse ensino gera-se uma neura que perturba o cristão que passa e olhar para ver se tudo o que faz não o faz em pecado. O medo se instalou.
5 – Objetos consagrados – Prática anti-bíblica. Alguns mercenários com nome de pastores chegam a distribuir cimento abençoado, outros martelinhos cheios de óleo para quebrar maldições. Alguns descobriram um jeito bom de ganhar dinheiro ao distribuírem unções com ungüentos ou essências vindas do oriente médio. Vi um pregador oferecer a unção com mirra para o embelezamento interior e exterior. Creio que não funcionou para seu casamento, pois, acaba de divorciar. São práticas medievais que ainda persistem em nosso meio. Tais pregadores nunca souberam que tudo vem da maravilhosa Graça de Jesus. São descarados e abomináveis tais personagens.
6 – Unções com os mais variáveis nomes – Prática anti-bíblica. Por uma quantia de dinheiro prometem unções de todos os tipos. O apóstolo Renê Terra Nova ofereceu unção de nobreza de Salomão por R$ 10.000,00. O mesmo apóstolo recebeu profecia de Morris Cerullo que porque ele, o apóstolo, estava segurando sua camisa e Cerullo era Judeu, então o apóstolo receberia a unção de Davi. Novamente o pr. Silas Malafaia repetiu, hoje (05/09/09) o programa onde Morris Cerullo promete unção financeira, cura e envio de anjos aos lares de quem doasse R$ 900,00. Talvez o argumento para se repetir o programa seja porque milhares de pessoas ligaram para dizer que aceitavam tal desafio financeiro. Vox populi nunca foi Vox Dei. Se fosse nunca teriam pedido a soltura de Barrabás, nunca pediriam a Aarão que fizesse um bezerro de ouro para adoração. A massa é levada por manipulação e tais pregadores fazem das massas evangélicas massa de manobra. São incapazes de usar os neurônios. Dizem que uma palavra profética não pode ser desprezada. Digo para desprezarmos toda palavra profética que ferir a Palavra de Deus. Nunca uma profecia enunciada por um homem foi maior do que a Palavra de Deus. Paulo diz para julgarmos as profecias e se isso é assim é porque existem falsos profetas e falsas profecias. Mas quando muito dinheiro circula vale tudo. A Palavra de Deus é suficiente para nos assegurar equilíbrio emocional e espiritual. É suficiente para nos emancipar das sombras da Idade Média espiritual e nos fazer maduros em Cristo.
A igreja precisa pregar O Evangelho e não sobre o evangelho. Os pregadores precisam entender que suas funções são apresentar o cristão maduro diante de Deus e pregar um evangelho descontaminado.
Deixemos as crendices e nos voltemos para a realidade da Palavra de Deus.
Soli Deo Gloria
Pr. Luiz Fernando R. de Souza

quinta-feira, 27 de agosto de 2009

APÓSTOLOS NO SEC. XXI, SÃO POSSÍVEIS? II

Continuação

2 – Em II Cor. 12:12, Paulo apresenta as credencias do apostolado que são: “Sinais, prodígios e poderes miraculosos”. Não consigo ver ninguém com a mesma autoridade de Paulo e outros apóstolos no séc. XXI.
3 – Se alguém afirmar que seu apostolado não é igual ao dos primeiros apóstolos, pois, não detém autoridade de revelação final da parte de Deus, mas somente autoridade inspirativa, cai em erro crasso, pois, não encontro na Bíblia uma classe de sub apóstolos ou uma classe inferior de apostolado.
4 – Esse movimento apostólico atual consagra apóstolos à revelia. Querem criar uma rede de autoridade que só existe na cabeça de megalomaníacos. Alguém afirma: sou apóstolo do ministério de fulano de tal. Tal pessoa assume publicamente que ele é tudo menos o que diz ser. É mais provável que ele esteja assumindo sua ignorância bíblica e teológica.
5 – Particularmente, no meio Batista, não existem apóstolos. Quem afirma ser apóstolo e se diz batista nunca o foi e já apostatou dos fundamentos batistas. Reconhecemos e consagramos somente pastores. Creio que isso deveria bastar, pois, titulação não qualifica ninguém, nem torna ninguém mais importante diante de Deus. Essa busca por títulos somente expressa o vazio interior de quem não se encontrou no ministério pastoral. Tais pessoas alimentam a dúvida mortal se foram chamados ou não para o ministério. Querem um status que nunca alcançariam de outro modo a não ser por desvirtuamento bíblico e teológico. Querem ser vistos como pessoas especiais na sociedade e na obra de Deus. Não encontro na historia da igreja ninguém que se destacou com essa volúpia de ser apóstolo. Lembro-me de Charles Haddon Spurgeon, o príncipe dos pregados, estava feliz em ser pastor de ovelhas. Não reconheço tais títulos em nosso meio.

6 – Exemplos de apóstolos no sec. XXI. Citarei alguns para não cansar muito.

6.1 – Apóstolo René Terra Nova. Acredito ser um caso clinico fenomenal. O senso de megalomania é quase sem precedente. Ele afirmou, certa vez, que quem doasse R$ 10.000,00 receberia a unção de nobreza de Salomão. Então ser nobre custa R$ 10.000,00? Muito barato essa unção.
Agora aparece com um avião para seu ministério. Veja os dizeres do tal apóstolo:
O Senhor é testemunha que este avião não é para vaidade, mas para estimular que outros ministérios também tenham aviões e, juntos, possamos voar para as nações da terra, pregando o evangelho de Jesus. Assim, está estabelecido”. Fonte- Site oficial do apóstolo.
Veja outra pérola do dignitário apóstolo:
"Somos [sic] entre os quinhentos homens mais bem-sucedidos do Brasil que possuem um jato. A visão desatou novos líderes e milionários. Pastores e líderes que possuem casa, patrimônio, empresas e templos acima de milhões, o que fez ministérios e líderes milionários. Sabe por quê? Deixamos de ser tímidos, saímos dos decretos de morte e entramos no decreto de vida. Por isso, estamos ousando conquistar no sobrenatural”. Fonte: Hermes Hernandes - http://hermesfernandes.blogspot.com/

ACREDITO QUE ESSE APÓSTOLO TEM COMPLEXO DE ÍCARO.

6.2 – Apóstola Valnice Milhomens. Afirmou publicamente que o Senhor Jesus voltaria em Setembro de 2007. Já se passaram dois anos e nem ela mesma foi arrebatada. Erro elementar como esse não poderia pertencer ao repertório de um apóstolo, concordam? Há bem pouco tempo era uma defensora ardorosa do judaísmo dentro da igreja. Suas práticas eclesiásticas eram judaizantes. Músicas em hebraico, festas hebraicas etc. Esqueceu-se de Hebreus que afirma que a velha aliança era sombra da nova aliança. Que Cristo estabeleceu uma aliança superior através de seu sangue.
O ministério apostólico no século XXI é cheio de profecias mirabolantes. Entre os apóstolos da chamada coligação as profecias demoram meia hora, uma hora e assim vai. Só profetizam coisas a níveis globais. Apóstolos receberiam de Deus nações inteiras, meios de comunicações gigantescos, conquistariam os sete montes da sociedade etc. Como se a obra de Deus vivesse disso.
Fiz uma aliança com Deus: que Ele não me mande visões, nem sonhos, nem mesmo anjos. Estou satisfeito com o dom das Escrituras Sagradas, que me dão instrução abundante e tudo o que preciso conhecer tanto para esta vida quanto para o que há de vir”. Martinho Lutero.
Por abandonarmos a simplicidade da Palavra de Deus damos de cara com essas coisas grotescas.
Segundo este modelo ministerial pastores que deveriam ser exemplos de humildade, singeleza, justiça, ética, modéstia e simplicidade tornam-se empresários de sucesso. Assim sendo, não possuem mais ovelhas e sim clientes e para clientes tudo deve ser feito para agradá-los. Quando começamos a agradar homens deixamos de ser profetas de Deus.
O meu povo foi destruído, porque lhe faltou o conhecimento; porque tu rejeitaste o conhecimento, também eu te rejeitarei, para que não sejas sacerdote diante de mim; e, visto que te esqueceste da lei do teu Deus, também eu me esquecerei de teus filhos”. Os. 4:6.

Precisamos nos humilhar diante de Deus. Precisamos nos arrepender de nossos pecados e clamarmos por misericórdia.

Uma reforma na igreja é urgente. Nosso melhor momento como igreja está passando.

Soli Deo Gloria

Pr. Luiz Fernando Ramos de Souza

terça-feira, 25 de agosto de 2009

APÓSTOLOS NO SEC. XXI, SÃO POSSÍVEIS? I

Farei duas postagens sobre este tema

Entrou na igreja evangélica brasileira um modismo que não é novo. Algumas pessoas acham que descobriram a roda em pleno século XXI. As terminologias entraram e não foram questionadas, como se fossem verdades fundamentais da Palavra de Deus. O erro maior está em os líderes aceitarem sem questionar práticas e terminologias espúrias que são como ervas daninhas que aos poucos deturpam o evangelho. Quando líderes de expressão nacional aceitam chamar alguns de apóstolos, eles validam tal terminologia e aceitam como verdade aquilo que é errado e supérfluo. Tais líderes prestam um desserviço ao Reino de Deus. Dentre estas terminologias reinantes está a de apóstolos. Homens sem o mínimo necessário para desempenharem as funções pastorais, arrogam-se com títulos inócuos. Pessoas sem o menor preparo para a vida são apóstolos no século XXI. Precisamos lembrar que ser apóstolo hoje é impossível biblicamente. Mas antes de analisarmos biblicamente esse erro grotesco, vamos mergulhar um pouco na história recente da igreja. Tivemos em 1901 a chegada massiva do Movimento Pentecostal, que já vinha dando ar da sua graça a pelo menos 50 anos antes da virada do século XX. Em 1914, no início da 1ª guerra mundial, nasce a Assembléia de Deus nos Estados Unidos. Pessoas viveram experiências antes nunca vividas e a igreja ganha em dinamismo. Achava-se que isso era tudo o que tinha para acontecer dentro de séculos de cristianismo. Só que entre as décadas de 40 e 50 do século passado aparece um movimento que tenta restaurar a igreja. Esse movimento foi chamado de Chuva Serôdia. Para este movimento não bastava uma experiência ou revestimento com o Espírito santo nos moldes pentecostais, deveria haver uma restauração da Igreja para que houvesse um mover de Deus sobre a terra. Daí enfatizarem a necessidade da restauração dos dons de Ef. 4:11. Deveria haver restauração destes ministérios para que tudo fosse bem e viesse a chuva serôdia, a última chuva e depois o fim. Desse movimento surge na década de 70 outro chamado Discipulado. Na América Latina seu grande expoente foi o Pr. Juan Carlos Ortiz, da Argentina. Pastores, no Brasil, deixaram suas igrejas para entrar nesse movimento. Acriticamente entraram de cabeça nesse ensino e tentaram mudar a estrutura da igreja brasileira. Como sempre acontece a ação sem reflexão leva à paralisia da razão. Na Inglaterra esse movimento instaurou a consagração de apóstolos, seguindo indicação de Deus, segundo eles. Nos Estados Unidos um expoente desse movimento apostólico foi Peter Wagner, ex-professor do Seminário Fuller e com ele outros assumiram essa postura. Esse pequeno histórico nos aponta que o atual movimento apostólico é bem recente, em termos de história, e segue os mesmos pressupostos do movimento Chuva Serôdia, a saber, sem uma restauração da igreja ela não crescerá ou se imporá no mundo. Somente através dos apóstolos é que a igreja crescerá mais rapidamente. Somente através de ministérios apostólicos a unção de Deus estará presente e libertação acontecerá.

Creio que agora podemos analisar biblicamente este erro crasso que acontece na igreja contemporânea.

1 – Paulo aos Efésios descreve a construção da igreja. Enfatiza para os novos crentes que eles eram família de Deus e que pertenciam a um novo reino. Paulo usa a figura de um edifício para descrever a igreja e diz que o alicerce desse edifício são os apóstolos e profetas, tendo Cristo como a pedra angular.

Podemos tirar daqui nosso primeiro pressuposto. Apóstolos e profetas são alicerce e alicerce não se lança duas vezes. Uma vez colocado, todo o edifício é edificado sobre ele. Durante séculos Deus está construindo seu templo santo, a igreja e os fundamentos já foram lançados uma única vez. Termos apóstolos no sec. XXI é lançar o alicerce outra vez, o que seria impossível ou mesmo desnecessário. Ninguém lança os alicerces de um edifício uma vez e depois o repete no 5º andar. Poderíamos perguntar como a igreja é edificada sobre o fundamento de apóstolos e profetas? Ela é edificada quando, nós pastores e líderes, pregamos sobre o que os apóstolos e profetas escreveram. Estamos assim estamos edificando sobre o fundamento deles. Quando o Canon (livros inspirados) do Novo Testamento foi fechado nenhuma revelação tornou-se possível, pois, os apóstolos e profetas de Ef. 2:20 tinham autoridade de revelação final de Deusj e á não existiam mais.

2 – O segundo pressuposto que podemos tirar daqui é que se existissem apóstolos no sec. XXI, com a mesma autoridade dos primeiros, então nossa Bíblia estaria ainda em construção/formação, pois, tais supostos apóstolos deteriam autoridade revelativa de Deus. Suas palavras deveriam ser gravadas e preservadas porque alguma delas Deus usaria para ser Canon para nós. A Bíblia ainda estaria sendo escrita, em formação. Isso seriam uma impossibilidade e um erro infantil. Em 2001 ocorreu em Belo Horizonte uma conferência profética onde apóstolos foram consagrados por outros supostos apóstolos. Não expresso aqui as palavras exatas, mas creio que não estou longe da verdade, pois, escrevo de memória. Na mesma conferência, a apóstola Valnice Milhomens afirmou que a idolatria entrou no Brasil quando os portugueses fincaram a cruz em terras brasileiras e realizaram a missa inicial. Em seguida o apóstolo Mike Shea afirmou que apesar dos portugueses terem trazido a igreja Católica para cá, ao fincarem a cruz em terras brasileiras o pais foi abençoado, pois, a cruz simbolizava o cristianismo. Fiquei a me perguntar: Como pode em uma mesma conferência profética uma apóstola afirmar coisas contraditórias em relação a outro apostolo que pertence à mesma coligação apostólica que a sua? Podemos concluir que esses supostos apóstolos do sec. XXI não existem.

A Bíblia descreve quais eram as características dos verdadeiros apóstolos.

1 – Segundo Atos 1:15-26 para se ser apóstolo deveria ser alguém que houvesse acompanhado o Senhor Jesus durante todo seu ministério. Em outras palavras, tinha de ser uma testemunha ocular da ressurreição de Cristo. Por isso Paulo explica amplamente em suas cartas porque era apóstolo. Paulo recebera uma revelação especial de Cristo, daí ele afirmar que ele era como um abortivo, fora do tempo. Paulo era questionado por não ter estado com Cristo, por isso, ele quase sempre inicia suas cartas com afirmativa: “Paulo apóstolo de Jesus Cristo...” Isso por si só anula toda pretensão da existência de apóstolos no sec. XXI. Nenhum dos apóstolos atuais andou com Jesus. O teólogo católico Hans Kung afirma categoricamente que é impossível estabelecer sucessão apostólica para o estabelecimento de outros apostolos ou bispos hoje em dia, como quer a igreja Católica Romana. Afirmação de um teólogo de dentro desta instituição, não é afirmação de um teólogo evangélico.

CONTINUA...

Soli Deo Gloriae

Pr. Luiz Fernando R. de Souza





terça-feira, 18 de agosto de 2009

DEPOIS DA LUTA, PERMANECER FIRME

Ef. 6:13
Portanto tomai toda a armadura de Deus, para que possais resistir no dia mau e, havendo feito tudo, permanecer firmes”.
Nossa vida cristã é marcada não pela passividade, mas pela extrema combatividade. Muitos acham que depois que aceitaram a Cristo suas vidas deveriam entrar em um descanso sem fim. Isso só acontecerá na eternidade. Aqui somos confrontados todos os dias com terríveis lutas morais, espirituais, sem falar nas normais da vida. Somos assediados pelo mal para que possamos fraquejar.
Se cedermos, devemos lembrar que não somente atinge somente a nós, mas a nossa igreja e principalmente a Deus. Somos seus representantes e utilizamos ou falamos em Seu nome. O apóstolo Paulo nos encoraja a tomarmos toda armadura de Deus. Armadura que Deus nos concede, pois, nessa luta Ele não nos deixa desarmados.
É revestirmos nossas vidas dos equipamentos dados por Deus para esta batalha tremenda em que nos encontramos. E o objetivo é para que possamos resistir no dia mau. Isso quer dizer que existem dias que são piores que outros. A vida, em si mesma, é muito dinâmica. Nunca se apresenta da mesma forma . A palavra chave é resistir. Não somente guerrear como excelente soldado de Cristo, mas resistir diante das árduas batalhas. Resistir significa ficar em pé, não fraquejar diante dos problemas. Somos chamados para resistir no Senhor e na força do Seu poder. Isso quer dizer que receberemos forças vindas de Deus para vencermos os inimigos de Deus, que são também nossos inimigos. Mas depois de havermos feito tudo, permanecermos firmes. Meu irmão que tremendo conselho. Somos chamados a fazermos tudo o que é correto, justo. Fazermos o necessário para a glória de Deus. Recebermos a benção do Pai. Vivermos a vida cristã de acordo com vocação do nosso chamado e depois disso tudo permanecermos firmes. Não adianta nada Deus nos abençoar e deixarmos essa benção escapar por entre nossos dedos. Depois de fazermos tudo, permanecer firmes. Fique firme na sua posição. Segure a benção de Deus. Satanás tentará tomar o que Deus lhe deu, mas fique firme. Essa é a promessa de Deus “Sujeitai-vos pois a Deus, resisti ao diabo, e ele fugirá de vós”. Tg. 4:7.
ALÉM DE CONQUISTARMOS, VAMOS OCUPAR OS ESPAÇOS.
Soli Deo Gloriae

Pr. Luiz Fernando Ramos de Souza

quarta-feira, 12 de agosto de 2009

UMA UNÇÃO POR R$ 900,00

Não poderia deixar de comentar o que vi no último sábado 08/08/09 no programa Vitória em Cristo. Um famoso pregado norte-americano foi entrevistado pelo apresentador do citado programa e fez algumas afirmativas no mínimo inusitadas. Gostaria de ponderar sobre algumas delas:
1 – O entrevistado disse que Deus estaria fazendo coisas que nunca fez antes. Fiquei pensando se um pouco de teologia ajudaria e a lógica seria de auxílio. Teologicamente falando a única coisa ou o único segredo guardado desde a eternidade por Deus e manifesto foi a salvação pela graça na pessoa de Seu bendito Filho. Isto o apóstolo Paulo fala em profusão em suas cartas. (Rm. 16:25; Ef. 1:9-10; 3:4; Col. 1:26-27 etc.) Então a afirmação do entrevistado está equivocada e errada em termos teológicos. O que tinha de revelar de forma magnífica e espetacular Deus o fez na Pessoa de Jesus Cristo. Quanto o entrevistado afirma que Deus fará coisas que nunca fez antes, ele está afirmando que Deus é um grande covarde e discriminador de pessoas, pois, as que viveram antes de nós foram privadas dessas bênçãos que os que vivem nos chamados fins dos tempos terão direito, segundo o pregador norte-americano. Não encontro na Bíblia nada que me assegure que Deus tenha preterido os cristãos das gerações passadas e que tenha reservado bênçãos inusitadas para os cristãos do presente. Sempre as bênçãos de Deus foram íntegras para todos os cristãos em todos os tempos. IIPe. 1:3 diz: “Visto como o seu divino poder nos deu tudo o que diz respeito à vida e piedade, pelo conhecimento daquele que nos chamou pela sua glória e virtude”.

2 – O entrevistado interpreta os termos vinho e azeite que aparecem em Apoc. 6: 5-6 como o sangue de Cristo e o Espírito Santo. Estou estudando o livro de apocalipse em minha igreja há quase um ano e nunca encontrei tal interpretação. Já pesquisei em mais de vinte comentários bíblicos e nenhum autor aludiu a tal interpretação, nem como uma heresia no passado. O entrevistado falou como se estivesse descoberto a roda e o fez de um modo empolgadíssimo. Toda interpretação do entrevistado foi alegórica do princípio ao fim. Isso é forçar o texto dizer o que originalmente não era seu propósito. O cavalo preto sempre foi interpretado, pelos grandes exegetas e teólogos, como representante da fome. Aponta para um tempo de carestia e inflação. Na época de Cícero, com um denário se comprava doze litros de trigo e vinte e quadro de cevada, mas em Apocalipse capitulo seis o dinheiro ganho por um dia de trabalho daria para comprar um litro de trigo e treis medidas de cevada, o que aponta para um período de escasses e inflação. Vinho e azeite, para alguns comentaristas simbolizavam produtos consumíveis somente pela classe mais abastada, mas outros entendem como um limitador para crise que ocorrerá segundo o texto sagrado. Vinho e azeite nunca foram interpretados como símbolos do Sangue e Cristo e do Espírito Santo. Daí poder-se esperar qualquer afirmação de tal interprete.

3 – O entrevistado afirmou categoricamente que nos últimos dias haveria uma unção especial, unção esta denominada de unção financeira. Nunca soube que no Novo Testamento houvesse unção financeira. Reconheço e aceito unção do Espírito Santo, mas unção financeira, isso é demais! Como se Deus fosse um agente financeiro celestial pronto a inundar cristãos com riquezas materiais infindáveis. Se isso fosse verdade por que o apóstolo Paulo não recebeu essa unção em sua vida? Ele teve de trabalhar para garantir seu sustento. O próprio Filho de Deus disse que não tinha onde reclinar sua cabeça, apesar das aves terem seus ninhos e as raposas seus covis. Promessas como estas somente apontam para esta vida como um fim em si mesma. A Palavra de Deus nos mostra a transitoriedade desta vida e que devemos ter nossos tesouros nos céus onde a traça e a ferrugem não consomem e onde os ladrões roubam. Ela nos alerta para cuidarmos para que onde estiver nosso tesouro ai estará nosso coração. Teologia da prosperidade somente desvirtua.

4 – O entrevistado afirmou que se quiséssemos que Deus nos desse a tal unção financeira deveríamos fazer um compromisso. Isto aponta para um problema que já vem há tempos. Deus espera que o homem tome a iniciativa para que Ele depois possa agir. Deus aguarda a iniciativa do homem. A Palavra aponta em outra direção. A salvação é iniciativa de Deus e não do homem. As bênçãos advêm da graça de Deus. Tudo é pela graça. Mas o entrevistado afirmou que se primeiro assumíssemos um compromisso financeiro a benção viria depois. Agora o interessante é o compromisso que deveria ser assumido tinha expressão financeira, R$ 900,00.

5 – R$ 900,00 seria uma semente para receber a unção financeira.
O porquê dos R$ 900,00 é por estarmos no ano de 2009 e nove é número de completude. 2008 era o ano do início e 2009 anos de ser completo. Nunca vi tanta imaginação assim em minha vida. Como se pudéssemos interpretar a Bíblia somente por sua numerologia. Supondo que 2009 é o ano de completude, por que a oferta não poderia ser de R$ 9,00, ou de R$ 90,00 ou mesmo de R$ 190,00? Minha esposa me perguntou: e quem não pode dar os R$ 900,00 ficará fora da unção financeira? Fiquei imaginando se 1000 pessoas enviassem tal oferta a arrecadação seria de R$ 900.000,00. Se 1.000.000 enviasse tal oferta o montante seria de R$ 900.000.000,00.

6 – Terminando vou comentar somente mais uma fala do entrevistado. Ele afirmou que quando essa unção financeira, que vem de Deus, chegar até os ofertantes Deus tirará a enfermidade e enviará um anjo. Nunca soube que unção financeira cura enfermidade e tem capacidade de enviar anjo à casa de ninguém. Parece que a imaginação prevalece sobre os princípios da Palavra. O que também me espantou foi a incisividade no apelo para que os telespectadores doassem os R$ 900,00. O entrevistado exerceu uma enorme pressão dizendo mais ou menos assim: não deixe terminar este programa. Vá agora para o telefone. Não deixe passar esta unção. Quem tudo quer tudo perde, já dizia o velho ditado popular. Depois o apresentador do programa anunciou que a oferta poderia ser feita por depósito identificado, boleto bancário ou cartão de crédito. Que boca grande!

Conclusão: este evangelho pregado por tais pessoas é estranho à Bíblia. O problema do homem não é falta de dinheiro, mas seu pecado que o afasta do Criador. Cristo veio resolver este problema. Nenhum escritor do Novo Testamento afirmou tais coisas que o entrevistado disse. Mas estamos caminhando para o caos no meio evangélico. O apresentador do programa se vê como a bola da vez. Parece que Deus só fala através dele. Parece que somente ele prega o evangelho neste país via as diversas mídias. Sou radicalmente contra qualquer envio, de qualquer quantia financeira, para tais pessoas. A Palavra de Deus nos diz que o único lugar onde devemos entregar nossas ofertas e dízimos é em nossa igreja local, da qual somos membros. Tele-evangelistas não substituem a igreja local. Cultos televisivos não são opções aos cultos normais em nossas igrejas. Isso é distorção da verdade. Na hora em que um contribuinte, desses ministérios, passar por uma crise existencial, enfermidade, perde seu emprego e etc., tais tele-evangelistas nunca serão encontrados para ajudar. Sobrará para os pastores das igrejas locais.
Precisamos voltar para simplicidade do Evangelho e usarmos os mais de 100.000.000.000 de neurônios que o Senhor Deus nos deu afim de não nos tornarmos joguete nas mãos de alguns.
Soli Deo Gloriae
Pr. Luiz Fernando R. de Souza