quinta-feira, 1 de outubro de 2009

POR QUE PRECISAMOS DE AVIVAMENTO?

A vida da igreja no Novo Testamento foi marcada por uma dinâmica e compromisso que não vemos hoje em dia. Presenciamos gelo seco nos cultos, lutas de várias formas para atrair jovens em ringues dentro de igrejas, conversões espúrias que desonram a Cristo, oferecimento de libertações e vitórias que a Palavra não ensina. Tudo isso tem, mas não tem Jesus Cristo com seu poder para salvar o homem do pecado. Tem circo, mas não tem alegria no Espírito. Tem dança profética, mas não profecia. Tem atos proféticos, mas não profeta. Somente uma entrega absoluta de nós mesmos nas mãos do Espírito Santo poderá inverter o atual quadro da igreja. Cada vez que uma atrocidade é cometida por um neopetencostal, as igrejas históricas se fecham para tudo o que não podem definir. Colocam tudo o que Deus pode fazer dentro de uma camisa de força. Saiu disso, nada vale. Precisamos ver e entender que as atrocidades impetradas por pseudo-pastores desajustados emocionalmente e totalmente ignorantes da Palavra não são nossos balizadores, mas a Sua Palavra e aquilo que o Senhor vem operando na história. Precisamos de um avivamento. Precisamos de um soprar do Espírito Santo no meio da igreja do Senhor para que as cinzas sejam varridas para longe do salvos. Deus sempre, em momentos específicos, despertou sua igreja e a obra foi feita rapidamente. Em tempos específicos Deus sopra com seu Espírito e a igreja acorda, confessa pecados, multiplica-se em evangelismo e missões e sua presença se faz sentir de modo benfazejo. Tanto tradicionais como pentecostais admitem e aceitam que a igreja deve viver na dinâmica do Espírito Santo. Tanto pastores de igrejas históricas e de igrejas renovadas sabem que sem o agir do Espírito Santo tudo fica mecânico, difícil e sem brilho. Vejamos algumas considerações porque precisamos de um reavivamento.

1 – PORQUE A IGREJA PERDEU O FEVOR MISSIONÁRIO.

Cada ano que passa menos missionários são enviados para fora de nossas fronteiras e isso não mais nos incomoda. Cidades e regiões inteiras dentro de nossos estados e no mundo estão sem contato com o evangelho de Cristo. A igreja sofre de uma disfunção que poderíamos classificar de autofagia. Tem se alimentado de si mesma e está perdendo sua eficácia rapidamente. Já não consegue olhar para fora de si e ver que a seara está branca para ceifa. Somente trabalha para resolver seus problemas e isso tem satisfeito seus desejos. Já não se apresenta como a resposta para a perene pergunta de Deus: Quem há de ir por nós? O eis me aqui envia-me a mim é desconhecido de toda uma geração que cresce sem saber o que isso significa. Esta geração é autofágica. Devora-se a si mesma. Essa geração só pensa em dançar profeticamente, fazer atos proféticos, cura interior, batalha espiritual e em determinar as bênçãos de Deus. Esqueceu de levantar sua cabeça e ver que o mundo está indo de mal a pior. A resposta para as angústias e tragédias causadas pelo pecado está em Cristo e se Ele não for levado para cada ser humano, eles morrerão em seus pecados. A igreja não foi chamada para olhar para dentro de si mesma. Não foi chamada para se alimentar de si mesma. Israel foi chamado para fazer brilhar a luz de Deus. Israel deveria atrair as nações para Deus. Fracassou. A igreja foi chamada para ser a luz do mundo. Só que agora não deveria atrair, mas levar esta luz a todas as nações. Foi chamada para ser luz do mundo e uma luz acesa não se coloca debaixo de uma mesa, mas em cima para iluminar. No século XIX Deus enviou reavivamento no qual milhares de missionários foram enviados por todo o mundo. Poderia citar alguns: Jonatas Goforth (1859-1936) presbiteriano cheio do Espírito Santo trabalhou na China. Oswald Chambers (1874-1917) Batista cheio do Espírito Santo trabalhou no Japão e Egito. John Ryde (1865-1912) presbiteriano cheio do Espírito Santo trabalhou na Índia. Poderia discorrer sobre dezenas de outros, mas estes servem com bons exemplos. Sempre que o Espírito Santo sopra de forma peculiar a igreja sai de suas fronteiras e vê o mundo como seu campo de trabalho.

2 – PORQUE OS PÚLPITOS ESTÃO VAZIOS DA PALAVRA.

Precisamos de um avivamento porque os púlpitos estão vazios da Palavra. Hoje quase que exclusivamente só escutamos mensagens de auto-ajuda. Pregações sem o mínimo de conteúdo bíblico, mas que atendem as necessidades de um mercado ávido e consumidor de novidades como os atenienses nos dias de Paulo. Este tipo de pregação preenche o vazio gerado pelo pós-modernismo, onde os valores absolutos foram explodidos e a relativização tomou o centro. Não se prega Jesus e a cruz, mas prega-se sobre Jesus e a cruz. A verdadeira pregação não consiste falar algo sobre Jesus ou a cruz, mas falar incisivamente sobre Jesus e sua obra na cruz. Daí termos um contingente de cristãos ocos, light, vazios de tudo aquilo pode ser estrutura para enfrentar os embates da vida. Cristãos totalmente alienados da vida. Não se pratica mais o sermão expositivo. Os pastores têm medo de se defrontar com todo um livro da Bíblia. Sabem que terão dificuldades em explicar algumas passagens que são contra aquilo que vêem pregando há anos. Com isso a prática de um bom preparo para o sermão foi esquecida. Muitos pastores abrem a Bíblia na hora da pregação e pregam de qualquer jeito. Muitos criticam um bom preparo do sermão dizendo que a unção do Espírito Santo anula o esforço do preparo. Quero lembrar que a unção do Espírito Santo ajuda, fortalece e favorece aquele que se empenhou em extrair da Palavra aquilo de Deus quis falar. A unção do Espírito vivifica aquilo que foi apreendido e compreendido através de um esforço diligente. O Espírito Santo não abençoe ou vivifica a preguiça, a incompetência e a indolência. Um grande exemplo que temos é o de Jônatas Edwards. É tido como um dos maiores filósofos e teólogos da América do Norte. Viveu um grande avivamento por volta de 1737 e no meio desse avivamento pregava sermões puramente calvinistas. Enquanto vivenciava o avivamento nutria o povo com bons sermões fundamentados em princípios teológicos sadios, históricos e bíblicos. Não via incompatibilidade entre teologia, doutrina e unção do Espírito Santo.
Hoje em dia os “pseudos-apóstolos” pregam muito no Antigo Testamento e como são castrados mentalmente espiritualizam tudo e tentam aplicar para hoje. Forçam o texto a dizer aquilo que ele não diz e afirmam ser mensagem ungida para igreja. O povo de Deus está morrendo de anemia por falta de alimento sadio. Paulo queria todo homem maduro em Cristo. Os dons ministeriais na igreja foram dados para que todo cristão possa desenvolver seu ministério. Paulo aconselha Timóteo a pregar sobre todo conselho de Deus. Precisamos de um reavivamento para que os púlpitos voltem a florescer com e pela Palavra de Deus.

3 – PORQUE AS REUNIÕES DE ORAÇÃO ESTÃO VAZIAS.

O profeta Joel fez um alerta a Israel que vale para nossos dias. Falava do dia do Senhor e candentemente apelava ao povo para rasgarem seus corações e não suas vestes e disse mais: “tocai a trombeta em Sião, santificai um jejum, convocai uma assembléia solene.
Congregai o povo, santificai a congregação, ajuntai os anciãos, congregai as crianças, e os que mamam; saia o noivo da sua recâmara, e a noiva do seu aposento.
Chorem os sacerdotes, ministros do SENHOR, entre o alpendre e o altar, e digam: Poupa a teu povo, ó SENHOR, e não entregues a tua herança ao opróbrio, para que os gentios o dominem; porque diriam entre os povos: Onde está o seu Deus
?”.
Muitos acham que orar é somente pedir, reclamar, importunar Deus com nossos pedidos. Orar também é pedir, buscar e interceder, mas, além disso, é muito mais. Para mim orar é buscar intimidade com Deus. É se achegar ao Pai e aprender dele no sossego do nosso lugar secreto. Quem ama busca a companhia do amado. Temos um texto no sermão da montanha que me é muito especial. Está em Mateus 6:6 “Mas tu, quando orares, entra no teu aposento e, fechando a tua porta, ora a teu Pai que está em secreto; e teu Pai, que vê em secreto, te recompensará publicamente”. A construção no grego é fantástica. Ela diz assim: “Mas tu, quando orares, entra em teu aposento e, fechando a tua porta, ora a teu Pai que está em secreto; e teu Pai, que já está lá te esperando, te recompensará publicamente”. A idéia é que Deus já está nos esperando para aqueles momentos de comunhão, intimidade e relacionamento. Conta-se de G. Campbell Morgan, ministro inglês, esperava um pastor de outro país. Morgam disse à sua governanta para interrompê-lo quando o visitante chegasse. Ele entrou em seu escritório para orar às 07:00 e quando foi às 10:00 chegou o visitante. Sua governanta foi ao escritório chamá-lo, mas antes resolveu olhar pela fechadura para ver o que sucedia. O Dr. Morgan terminou de orar às 14:00 e saindo do seu escritório perguntou sobre o visitante. Soube que ele já havia almoçado e o aguardava na sala. Irritado indagou porque não havia sido chamado na hora que o visitante chegara. A governanta lhe disse: às 10:00 ele chegou. Fui avisá-lo, mas quando vi o ajoelhado orando e seu rosto brilhando, não pude interrompê-lo. Sua comunhão com Deus era demais para ser interrompida. Falei com o visitante e ele compreendeu perfeitamente.
Quando entramos em comunhão com Deus parace que o tempo deixa de ser contado. Não percebemos que oramos tantas horas.
A igreja não sabe o que é buscar Deus somente pelo prazer de ter comunhão com ele. Aprendeu que orar é somente pedir. Precisamos de um avivamento para que nosso povo volte a orar. Volte a clamar por um mundo perdido. Para que nosso povo e ministros do altar chorem por seus pecados e por uma visitação do Senhor. Os tempos são maus. As angústias aumentam. Sem oração tudo fica mais difícil.
A história mostra que antes dos avivamentos acontecidos houve um movimento de oração por parte da igreja. As vezes meses ou anos de oração antecederam os avivamentos. Mas quando chegou regiões e países inteiros foram despertados. Conversões verdadeiras aconteceram aos milhares. Igrejas foram cheias rapidamente por pessoas desejosas de um encontro pessoal com Cristo. Hábitos foram mudados e o temor do Senhor estava em toda parte. Os cultos duravam 4, 6 ou 8 horas ininterruptas.

4 – PORQUE MUITAS CONVERSÕES SE MOSTRAM ESPÚRIAS.

No Brasil têm acontecido conversões de pessoas famosas. Deus salva em qualquer esfera social. Louvamos a Deus pelas conversões verdadeiras. Mas algumas personalidades quando entram para igreja logo são jogadas na arena gospel e viram espetáculos. Sem nenhuma base doutrinária são consagradas pastores, como o caso do cantor Lázaro. Isso que fizeram com este cantor foi covardia. Mas algumas estrelas da mídia ao se converterem não demonstram mudança de vida. Descaradamente se dizem evangélicas e continuam sem mostrar arrependimento. Quando falam de seus passados não se envergonham de nada. Uma ex-atriz pornô que se diz convertida, disse não se envergonhar de seus filmes pornográficos. Outra manteve um caso com um presidiário do antigo Carandiru, tendo filhos com ele e dizendo-se cristã. Outra se deixou fotografar para revista masculina e quando foi interpelada sobre este novo trabalho fotográfico, pois era evangélica, disse que quem não quisesse ver estrelas que não olhasse para o céu.
Um evangelho desprovido de arrependimento e da cruz não poder gerar conversões genuínas. Um evangelho onde Cristo não é o Senhor só pode gerar conversões espúrias e difamatórias. Muitos confundem freqüentar igreja com conversão. As igrejas estão cheias de pessoas que irão para a perdição eterna. Mas os líderes querem seus ambientes lotados, seus gazofilácios cheios e muito movimento. Não mais importam se seus ouvintes são salvos ou não.
Precisamos de reavivamento para que as conversões se tornem em testemunhos brilhantes de mudanças de vidas. Conversões que apontem para suficiente graça de Deus. Conversões que honrem Jesus Cristo como Senhor de suas vidas.

5 – PORQUE A IGREJA FOI TRANSFORMADA EM MERCADO GOSPEL.

Querem transformar a igreja e um grande mercado. Criaram ou adaptaram o termo gospel para segmentar os evangélicos. Tudo hoje é gospel. Nunca houve na história da igreja tamanha banalização do sagrado como agora. Temos espaços gospel nas igrejas para vendas de produtos. Já não incomoda mais o lugar de culto também ser lugar de comércio. A ganância venceu o temor e a reverência. Cantores gospel dão shows. Agem como se fossem artistas mundanos. Cobram valores astronômicos para se apresentarem como se fossem especiais demais. Ficam milionários usando descabidamente o nome de Deus, cantando aquilo que deveria ser louvor a Deus. São nojentos e intragáveis a maioria desses cantores gospel. Suas músicas são afronta à glória de Deus. . As letras são ordinárias e ridículas. Ouvir causa náuseas em qualquer um. Suas posturas envergonham tudo o que é sagrado. Fico pensando: 1 – a vida que possuem vem de Deus. 2 – os talentos que apresentam vêem de Deus. 3 – as oportunidades são de Deus. 4 – os temas que abordam falam sobre Deus. No entanto, vendem tudo isso como se fosse deles. Barganham com tudo aquilo que receberam de Deus para seus próprios benefícios. Enriquecem-se rapidamente com aquilo que não lhes pertence e no final dizem que o Senhor os levantou como geração profética de adoradores. Que fazem tudo para glória de Deus. Precisamos de avivamento para que os pecados sejam confessados e abandonados no meio evangélico. Que a glória que pertence a Deus seja tributada somente a Ele. O que importa que Ele cresça e que eu diminua.
Há uma canção evangélica chamada Meu Tributo. Ela diz mais ou menos assim: “e se surgir um louvor ao Calvário seja sim”. Que verdade maravilhosa! Pena que foi esquecida. Para os cantores gospel os louvores surgem e eles ficam com eles, não os levam para o Calvário. O exemplo mais irritante disso é o chamado troféu talento. Essa idéia é mundana, perversa e nociva à igreja. Os agraciados recebem suas premiações, aplausos, louvores. Vivem seus 5 minutos de fama e glória e com a maior “humildade” dizem que a glória é de Deus. Se a glória fosse para Deus nunca iriam lá receber troféu nenhum. Fico imaginando um troféu talento para pregadores do Novo Testamento. Apóstolo Paulo, destaque entre os apóstolos. Pedro, revelação na evangelização entre os judeus. Timóteo, jovem revelação como pastor. Dupla missionária revelação, Paulo e Silas.
Ridículo isso. Ainda bem que é só imaginação.
Hoje promovem turismo em grandes navios para evangélicos. Roupas para evangélicos. Água evangélica e essa onda não tem mais onde parar.
Precisamos de reavivamento para a igreja deixar de ser mercado e voltar a ser corpo. Avivamento para que haja repulsa contra essa mundanização crescente no meio evangélico.

Tenho orado para chegue o avivamento. Para que o Senhor torne a visitar sua igreja e a faça acordar de seu sono letárgico. Oro para que as lideranças se conscientizem que não são donos das igrejas, mas pastores, servos e modelos para os cristãos.
Deus é Senhor de tudo. Com certeza Ele agirá.

Soli Deo Gloria.

Pr. Luiz Fernando R. de Souza

5 comentários:

  1. Pr. Luiz Fernando,

    Excelente texto!
    Infelizmente, os que precisam ler as suas exortações [todos nós, sem exceção] se disporiam a servir integralmente ao Senhor? Ou continuaremos alimentando o autonomismo, exaltando o homem e desprezando a Deus?
    Enquanto a igreja não se humilhar e se sujeitar à Sua vontade santa [e a igreja não é um edifício, mas cada um dos membros do Corpo], continuará rebelde e teologicamente antagônica à revelação escriturística. E o reflexo será uma prática não-cristã, o viver não-cristão, a pregação de um evangelho não-cristão, louvando a si mesma, ao invés do Criador.

    Pergunto-lhe:
    1) Esse estado atual da igreja não seria necessário para que a parte verdadeira seja purificada e, somente assim, avivada?

    2) E isso não revela a necessidade de separação entre luz e trevas, já que as falsas igrejas jamais serão avivadas?

    3) Por que as pessoas lêem Hagin, Hinn, Maclaren, Cerullo, Yancey, Bell, e tantos outros, inclusive tupiniquins, ao invés de ler e conhecer a vida de Hus, Calvino, Edwards, Brainerd, Carey, Kalley, Owen, Spurgeon, Bunnyan, Pink, Lloyd-Jones [apenas para citar alguns], homens tementes a Deus e que o serviram fielmente? [claro, sem se descuidar em nenhum momento da leitura diária e sistemática da Bíblia Sagrada].

    Porque tudo o que se semeia na carne (inclusive na mente), da carne ceifará a corrupção; mas o que semeia no Espírito, do Espírito ceifará a vida eterna.
    Forte abraço.

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  2. Caro Pr. Luiz Fernando,
    Precisamos levantar uma voz dissonante a esse coro horrível que se vê em todos os lugares.
    Um dos maiores problemas de nossa época e que a ovelha não é mais ovelha do pastor x ou y; ela é ovelha do pastor da igreja em que congrega, dos pastores aos quais assiste na tv, os que ouve nas rádios, e ainda sobra espaço para ir a cultos de várias outras igrejas.
    Além de isso levar a uma confusão espiritual, parece-me ser profundamente motivado pela "cultura de supermercado": Se não tem aqui, pego ali na frente.
    Isto faz parte de uma tríade maldita do Pós-Modernismo: Hedonismo,Antropocentrismo e Ecletismo.
    O que importa é o homem. Que ele se sinta bem, que tenha prazer, e que prove de tudo, pois a verdade já não está no que a Bíblia diz, mas no que ele acha.
    É muito difícil imaginar um pastor desses fazendo o que o apóstolo Paulo fez com os crentes de Corinto:
    1Cor 2:2 - Nada me propus a saber entre vós, senão a Jesus Cristo, e este crucificado.
    Isto era escândalo para os judeus e loucura para os gregos.
    Ele não cedeu à tentação de conseguir audiência fácil: falar sobre filosofia para os gregos e mostrar-se judaizante para os judeus.
    Que se pregue a Cristo e este crucificado! Seja o lema de todos os verdadeiros cristãos.
    Que o Senhor nos ajude a fazer isto, amém!

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  3. Prezado irmão Jorge,
    creio que o grande problema da igreja é esta falta de desejo de buscar e ficar na verdade. A tendência do homem é buscar o comodismo. Em tudo queremos acomodação. Quando vencemos essa tendência grandes revoluções acontecem. Somente um soprar do Espírito Santo pode inverte esse quadro. Quanto às suas perguntas, vejo-as como bons exemplos de reflexão.
    1a - Creio que a verdadeira purificação acontecerá quando a igreja for avivada. Aí numa poderosa atuação do Espírito Santo ficará evidente a falácia das conversões espúrias. Uma igreja na dinâmica do Espírito não conseguirá viver com a falsidade e mesmo os falsos não suportarão ficar em seu meio.
    2 - É verdade, mas a separação entre luz e trevas somente se dá quando a luz brilhar com toda sua força. Precisamos de óleo para brilhar. Precisamos permitir que o Espírito Santo flua mais em nós. Vale lembrar que ser cheio do Espírito não é possuirmos mais do Espírito, mas Ele possuir mais de nós. Dai a necessidade urgente de uma entrega em suas mãos.
    3 - Porque ao lerem autores consagrados pelo equilíbrio e conteúdo bíblico serão obrigadas a mudar de vida. Lêem a escória teológica e ficam como estão. Nunca verão crescimento pessoal e nunca promoverão grandes mudanças em seus meios. É mais fácil alimentarmos de sorvete do que uma dieta equilibrada.
    Obrigado por sua visita e postagem. Sempre o irmão enriquece este blog com seus pensamentos.
    Um abraço

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  4. Prezado irmãos André,
    seus comentários são precisos meu irmão.
    A cultura de supermercado realmente prevalece em nosso meio. Creio que um soprar do Espírito Santo é nossa maior necessidade. Já possuímos excelente literatura, bons patrimônios, várias traduções da Bíblia, mas falta o Espírito que vivifica. Quando isso acontecer acontecerá uma reforma na igreja e precisamos de uma nos moldes da de Lutero.
    Vamos ser vozes dissonantes sim. Vamos ser a contra partida do que está ai. Deus está no controle e vai levar a bom termo sua obra.

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  5. Pr Luiz Fernando,

    Suas respostas confimam a minha impressão, a de que a maior parte da igreja evangélica precisa urgentemente de conversão. Estão nas trevas quando consideram-se na luz; estão mortos, quando consideram-se vivos; estão em flagrande desobediência a Deus, quando consideram-se obedientes; têm suas mentes corrompidas, quando acham que têm a mente de Cristo; andam na carne, quando acham que andam em espírito; consideram-se debaixo da graça de Deus, quando a Sua ira está sobre eles.
    Quanto à purificação e avivamento, considero a sua colocação correta. Mas refletindo nela, creio que as duas coisas se dão meio que concomitantemente. Uma interage com a outra, e ambas produzem, pelo poder do Espírito, o novo-homem, o homem espiritual.
    Obrigado pelo elogio. Como já disse, o irmão é um grande amigo, e muito generoso.
    Forte abraço.
    Cristo o abençoe!

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