terça-feira, 27 de outubro de 2009

NOVO ENDEREÇO DO BLOG

MIGREI DEFINITIVAMENTE PARA O NOVO ENDEREÇO. ESPERO VOCÊ LÁ

terça-feira, 20 de outubro de 2009

TOCAR SHOFAR NA IGREJA, O QUE E ISSO?



Depois que vi este vídeo não posso deixar de tecer alguns comentários. Sugiro que você veja este vídeo duas vezes e depois acompanhe os comentários abaixo.
O que está acontecendo com a igreja é algo estarrecedor. Existe uma prática consciente de abandonar o Novo Testamento como norma para o cristão e um abraçar exacerbado em adotar práticas vétero-testamentárias como normas para os dias atuais. Os batistas têm como princípio distintivo doutrinário que o livro de norma prática para o cristão é o Novo Testamento. Somente o Novo Testamento é a lei para o cristão. Isso não nega a inspiração ou proveito do Antigo Testamento, nem que o Novo Testamento é um desenvolvimento do Antigo. Afirma, sem dúvida, que o Antigo Testamento, como um sistema típico, educativo e transitório, foi cumprido por Cristo, e como norma legal e caminho de vida foi cravado na cruz de Cristo e assim tirado do meio. O princípio ensina que não devemos recorrer ao Antigo Testamento para encontrar lei cristã ou instituições cristãs. Não é ali que encontramos a verdadeira idéia de igreja cristã, nem de seus oficiais, nem de suas ordenanças ou sacramentos, nem de seu culto, nem de sua missão, nem de seus rituais e nem de seu sacerdócio.
Um exemplo clássico disso é que em muitas igrejas na consagração ao ministério pastoral pratica-se a unção com óleo. Isso deve ser para fazer referência ao ato de ungir com óleo o sacerdote no Antigo Testamento. No Novo Testamento a consagração ao ministério pastoral não é praticada com unção com óleo como símbolo do Espírito Santo. Mas em algumas denominações o erro continua.
Aplicando-se o princípio distintivo dos batistas ao vídeo acima podemos perguntar: Por que tocar shofar na igreja e em seus cultos? Qual a lógica de se criar uma escola para ensino dessa prática? Somente há uma resposta, são práticas estranhas ao Novo Testamento.
Os irmãos que aparecem no vídeo afirmaram algumas coisas e creio que não houve dolo da parte deles e até creio na sinceridade de suas intenções, mas um total desconhecimento de teologia e Bíblia. Gostaria de ponderar algumas afirmações feitas:

1a - Ao participar de um ato profético e ouvir o toque do shofar sentiu que era chamado por Deus.

Em primeiro lugar ato profético não é encontrado no Novo Testamento. Até hoje ninguém definiu teologicamente ato profético. Creio ser uma interpretação ou modismo ou introdução de uma linguagem chula no meio cristão. Se ato profético é fazer algo aqui na terra que será realizado no céu é no mínimo uma coisa infantil, para não dizer desprovida de intelectualidade. Pois bem, alguém ouvir outro tocar shofar e se sentir chamado é algo puramente subjetivo, emocional e não pode ser base para nada. Antes de qualquer coisa não existe chamado para se tocar shofar no Novo Testamento. Se o Novo Testamento é o princípio regulador para o cristão então este chamado é igual a nada. O senso que Deus falou conosco deve ser provado no crisol da Palavra, mas como isso levaria a uma grande frustração por parte daqueles que se sentem chamados, então se despreza a Palavra e firma-se nos sentimentos. Esse comportamento é puramente uma manifestação de carnalidade e expressão da pós-modernidade.


2a - O jovem disse que depois de aprender a tocar o shofar ele passou ter mais comunhão com Deus e as pessoas são tocadas pelo som do mesmo.

Isso é atribuir poderes miraculosos a um chifre de carneiro. Cheira a animismo. O desejo por maior comunhão com Deus não se dá através de sons de instrumentos, mas pelo simples fato que amamos a Deus e querermos Sua companhia. Se o motivador é tocar shofar então podemos dizer que outros sons também motivam. Um chifre de carneiro tem tal poder assim? Só porque alguém consagrou tal shofar ele agora passou a ser especial e ungido a tal ponto de mudar comportamentos e influenciar pessoas? Isso é muita infantilidade. Isso é desprovido de racionalidade e base bíblica. Mas essa onda judaizante que entrou na igreja está causando estragos irreparáveis. Pessoas serem tocadas pelo som do shofar é atrair atenção para si. É querer ser especial demais dentre muitos. Pelo que venho estudando a mais de 25 anos em teologia, Bíblia e história da igreja nada igual foi vivido pelos cristãos antes.


3a - O pastor afirmou que nós sabemos, através de textos bíblicos, que a igreja primitiva usava o shofar em batalha espiritual.

De qual Novo Testamento o pastor tirou tal afirmação? É uma afirmação no mínimo desleixada ou feita a esmo que induz ao erro. Nunca li isso no Novo Testamento. Possuo várias versões da Bíblia e nunca vi nada igual. Arma de Batalha espiritual? Isso é acrescentar ao texto sagrado o que ele não contém. As únicas armas que Paulo menciona no Novo Testamento estão em Ef. 6:13-20 que transcrevo abaixo:
"Portanto, tomai toda a armadura de Deus, para que possais resistir no dia mau e, havendo feito tudo, ficar firmes.
14 Estai, pois, firmes, tendo cingidos os vossos lombos com a verdade, e vestida a couraça da justiça; 15 E calçados os pés na preparação do evangelho da paz; 16 Tomando sobretudo o escudo da fé, com o qual podereis apagar todos os dardos inflamados do maligno.
17 Tomai também o capacete da salvação, e a espada do Espírito, que é a palavra de Deus; 18 Orando em todo o tempo com toda a oração e súplica no Espírito, e vigiando nisto com toda a perseverança e súplica por todos os santos, 19 E por mim; para que me seja dada, no abrir da minha boca, a palavra com confiança, para fazer notório o mistério do evangelho,
20 Pelo qual sou embaixador em cadeias; para que possa falar dele livremente, como me convém falar".
Não encontrei o shofar como arma de batalha espiritual, você encontrou?

4a - O pastor afirmou que o toque do shofar aponta para o Messias, que lembra a igreja que Ele está voltando e o toque do shofar anima a igreja.

Todo tipo no Antigo Testamento apontava para o antítipo que era Cristo. Mas como diz o autor de Hebreus esses tipos eram sombras do que havia de vir e quando Cristo veio os tipos perderam os significados, pois, já temos o verdadeiro e as sombras passaram. Então o pastor cometeu um erro elementar de não saber Bíblia. Mas como um pastor pode deixar de conhecer a Bíblia, sendo ela seu principal instrumento de trabalho? Acredito que deva ser mais um daqueles pastores consagrados que nunca se assentaram em um banco de faculdade ou seminário livre de boa procedência para estudar teologia. Se esse for o caso fico a me perguntar: De quem é a culpa? Da igreja que irresponsavelmente consagrou tal pessoa ou da pessoa que ambicionando status aceita tal irresponsabilidade? No fundo os dois são os culpados. Ambos negligenciaram os princípios da Palavra.
Afirmar que o toque do shofar lembra à igreja que Cristo está voltando é no mínimo brincadeira de mau gosto. Onde está isso na Bíblia? E agora falo da Bíblia toda e não somente do Novo Testamento. Afirmar que isso anima a igreja soa a criancice. O que deveria animar a igreja é a pregação vigorosa da Palavra de Deus. Deveria ser uma exposição do texto bíblico com preparo em pesquisas, oração e unção do Espírito Santo e nunca o som de chifre de carneiro. Tal afirmação enjoa e enoja qualquer pessoa de intelectualidade mediana.


5a - A repórter afirma que através de uma revelação de Deus nasceu a escola de shofar Brit.

Alguém disse que Deus falou e isso vira verdade. A questão que fica sem resposta é que o pastor disse que Deus não havia falado com ele, mas sua esposa volta de uma viagem a Israel e lhe traz uma revelação. Pergunto: "Quem é o cabeça nessa relação?" É a mulher que ensina o homem ou deveria ser o contrário, segundo Paulo? Mesmo que minha mulher trouxesse uma nova revelação para mim eu deveria provar isso à luz da Bíblia. Mas parece que o pastor aceitou tal revelação acriticamente. Isso é jogar no lixo toda forma de racionalidade em nome de uma espiritualidade doentia e mesmo evidencia a fraqueza e inadimplência de tal pastor diante da vida. Desde quando a mulher de pastor tem palavra autoritativa final na vida de pastor ou quem quer que seja? Ridículo!
Daí nascer uma escola para ensinar tocar shofar só mesmo acreditando em Papai Noel.

6a - O pastor afirma que conhecendo o shofar o chamado se evidencia.

Sempre entendi que quando existe um chamado de Deus ele parte de Deus e nunca de coisas materiais. Mas como os tempos mudaram e Deus deve ter mudado também seu modo de agir.

"Errais, não conhecendo as Escrituras, nem o poder de Deus"

Cabe a cada um de nós nos posicionarmos contra tais comportamentos e afirmações, mesmo que sejamos taxados de bitolados e retrógrados. Nosso eterno compromisso é com a Palavra e somente com Ela. Nada disso que está neste vídeo deve nos motivar, mas nos levar a rejeitar tais ensinos como erráticos e heréticos. Os resultados desses ensinos são: Cristãos alienados, sentimentais e pouco racionais, igreja sempre menina e nunca madura, espiritualidade doentia e adoecedora e ridicularização por parte do mundo.

Soli Deo Glória.

Luiz Fernando R. de Souza

segunda-feira, 19 de outubro de 2009

COMO OBTER A AJUDA DE DEUS

I Samuel 7: 1-13
Vers. 3-6 "Então falou Samuel a toda a casa de Israel, dizendo: Se com todo o vosso coração vos converterdes ao SENHOR, tirai dentre vós os deuses estranhos e os astarotes, e preparai o vosso coração ao SENHOR, e servi a ele só, e vos livrará da mão dos filisteus. Então os filhos de Israel tiraram dentre si aos baalins e aos astarotes, e serviram só ao SENHOR.
Disse mais Samuel: Congregai a todo o Israel em Mizpá; e orarei por vós ao SENHOR. E congregaram-se em Mizpá, e tiraram água, e a derramaram perante o SENHOR, e jejuaram aquele dia, e disseram ali: Pecamos contra o SENHOR. E julgava Samuel os filhos de Israel em Mizpá
".


Grande parte da igreja, que se diz evangélica, tem procurado encontrar estratégias para alcançar a ajuda de Deus. Inúmeros intermediários são criados e colocados à frente dos cristãos, como se estes dependessem destes intermediários para serem abençoados. Navegando na internet encontrei um link que dirigia os internautas para a palavra profética em 2009. Ao lê-la deparei-me com as mesmices de sempre. Megalomania, soluções quase mágicas e afirmações que chocam com a Palavra de Deus. Fiquei pensando se estaríamos voltando à Idade Média onde Deus estava tão distante do povo que parecia uma utopia. Mas constato que vivemos à sombra da Idade Média. Os mesmos métodos utilizados há quase quinhentos anos ressurgem energizados por um total descompromisso com uma boa teologia, Palavra de Deus e com o bom senso. Se Lutero, Calvino e outros ouvissem as afirmações hoje exaradas dos púlpitos evangélicos revolveriam em seus túmulos. Tais afirmações proféticas garantem a ajuda de Deus. Prometem a intervenção do Sagrado e a solução de todos os problemas. Espero que as decepções não sejam maiores que os resultados. Voltei-me para a Palavra de Deus e me deparei com o texto de I Samuel 7: 1-13 e percebi que a palavra profética para a vida estava bem ali na minha frente.
O povo de Israel estava sendo oprimido pelos filisteus. A arca da aliança estivera ausente por quase quarenta anos de Israel. Volta e permanece na casa de Abinadabe por vinte anos. O povo suspirava por Deus e Samuel, o profeta, se apresenta chamando o povo para uma metanoia (virada radical). Ele coloca alguns princípios que foram suficientes para o povo obter a ajuda de Deus.

Quero elencá-los aqui:

1 – Vers. 3 “Se com todo o vosso coração vos converterdes ao SENHOR”.
2 – Vers. 3 “Tirai dentre vós os deuses estranhos e os astarotes”.
3 – Vers. 3 “E preparai o vosso coração ao SENHOR”.
4 – Vers. 3 “E servi a ele só”.
5 – Vers. 6 “E tiraram água, e a derramaram perante o SENHOR”.
6 – Vers. 6”E disseram ali: Pecamos contra o SENHOR”.

Para obtermos a ajuda de Deus basta somente observamos estes seis princípios acima. Nada de estratégias extravagantes. Nada de palavras megalomaníacas. Nada de afirmações desprovidas de base na Palavra.
Minha convicção é que a vida se apresenta como um celeiro de oportunidades de Deus se manifestar em meio às crises existentes para aqueles que voltarem integralmente para Ele.

Soli Deo Glória.

Pr. Luiz Fernando R. De Souza

segunda-feira, 12 de outubro de 2009

LUTANDO PELA VERDADE

Judas Vers 3
Amados, procurando eu escrever-vos com toda a diligência acerca da salvação comum, tive por necessidade escrever-vos, e exortar-vos a batalhar pela fé que uma vez foi dada aos santos”.

Vivemos um tempo de total relativismo. Ninguém ousa afirmar a verdade. Tudo tem sido colocado no campo do relativo. As convicções pessoais são taxadas de obtusidade, retrocesso e etc.
Daí termos uma ética situacional, onde nossos comportamentos não são baseados na verdade existente ou valores absolutos, mas No momento vivido. Essa ética situacional tem transtornado os valores sociais, morais e espirituais. Dependendo da situação eu tenho um tipo de comportamento. Lembro-me quando trabalhava em banco e dava um curso para formação gerencial, deparei-me com uma situação interessante. Falava sobre ética e uma gerente do sul do país disse: "O diatado não diz que a situação faz o ladrão?" Lembro-me da minha resposta: "A situação não faz o ladrão, ela revela o ladrão". Ela quiz dizer que dependendo do momento vale certo tipo de comportamento. A situação dita as normas éticas. Essa nova ética se impoe no congresso nacional, no meio policial, nos defensores públicos e privados, no meio dos esportes etc. Hoje a ética foi substituída pela estética. Não importa o conteúdo a ser transmitido desde que quem o transmita tenha uma bela estética, aparência ou imagem. Daí termos os apresentadores de programas, mesmo sem a menor capacitação cultural para tal, emitirem opiniões sobre todos os assuntos, pois, o que vale é a estética. Nesse momento a verdade foi banida para a privacidade do indivíduo. As convicções devem ser guardadas para si e raramente compartilhadas. Assim a fé foi alojada no íntimo e já não transforma como devia. Quando alguém tem uma posição firme em relação a algum assunto ou doutrina não é visto com bons olhos. Dizem que tal pessoa é muito fechada e retrógrada. Isso tem levado a igreja de Jesus Cristo a um limbo doutrinário terrível. Os líderes não pregam mais doutrinas e esperam que os membros de suas igrejas sejam cristãos maduros. As falsas doutrinas permeiam o meio cristão e ninguém soa a trombeta de alerta. Enquanto dormem o inimigo semeia o joio no meio do trigo. O apóstolo Judas, irmão do Senhor Jesus, encorajava os cristãos a batalhar pela fé que uma vez foi dada aos santos. Aqui, no texto, fé não é sinônimo de crença, mas de doutrina. O encorajamento de Judas é para que batalhemos por um corpo doutrinário que nos foi entregue. Como discernir um ensino se é de Deus ou não, se a doutrina foi banida dos púlpitos? Como saber a procedência de algo sobrenatural se não temos a base doputrinária para avaliá-la? Muitos acham que doutrina é antônimo de espiritualidade. Doutrina e enchimento do Espírito santo andam de mãos dadas, pois, foi o mesmo Espírito Santo quem inspirou a Palavra. O Espírito Santo nunca fica aquém ou vai além da Palavra. Ele fica na Palavra.
Todo nosso comportamento advém de uma filosofia de vida. Se a nossa filosofia de vida não está embasada na Palavra a queda será eminente.
As mega-igrejas, nesse assunto, têm prestado um desserviço ao Reino de Deus. Ao consagrarem ao ministério pastoral pessoas desqualificadas e despreparadas, inundam a seara do Mestre com o que há de pior e perpetuam os erros existentes. Têm tratado a consagração ao ministério pastoral como coisa de somenos importância. Pessoas que nunca sentaram em um banco de universidade ou mesmo de um seminário livre, de boa procedência, são consagradas a rodo e isso com toda pompa de espiritualidade. Tais “obreiros” assumem os púlpitos e pregam como se fossem donos da verdade, mesmo sem conhecerem nada da verdade. Como batalhar pela verdade se os que a tentam pregar desconhecem-na quase que por completo? Fico me perguntando como pode alguém ser consagrado ao ministério pastoral sem ter estudado antes? Como dizer que este alguém está pronto se nem ao menos conhece alguma coisa de teologia? Seria o mesmo que autorizarmos alguém a operar outro ser humano sem ter feito um curso de medicina. Seria o mesmo que autorizarmos alguém a construir um prédio sem ter feito engenharia. Alguns ponderarão que tais consagrações se dão somente no âmbito igreja local para cuidado de parte do rebanho. Daí termos que perguntar: "Mas qual cuidado pastoral terão com o povo? Ao oferecer esse tipo de pastor não estaria tal igreja desprezando seus próprios rebanhos, ou tratando as pessoas que ali se reunem como gado mesmo, animais irracionais e desprovidos de qualquer intelectualidade? Como aconselharão se desconhecem os princípios da psiquê? Como aplicarão a Palavra às vidas das pessoas se não sabem interpretá-la? Como prova do que digo relato um fato estarrecedor acontecido em uma igreja aqui em Belo Horizonte que me foi repassado por um colega de ministério: "uma senhora, membro de uma grande igreja, procurou um dos pastores da igreja. Tal pastor era especialista em "guerra espiritual e cura interior". Esta senhora estava deprimida e tomando medicamentos e quando tal pastor soube disso falou: "Quem toma medicamentos para depressão por mais de dois anos fica possesso de demônios". Tal senhora ficou aterrorisada e procurou este colega que me repassou tal fato. Ele se esforçou em convencê-la do contrário. Por isso, termos as mais variadas formas de desequilíbrios emocionais dentro das igrejas. Temos todas as formas de fetiches espirituais. Sabonetes ungidos, vales de sal, pulseiras com dizeres extravagantes como: “Impossível, mas Deus pode”, outros dão a “chave da vitória”. Coisas da idade média. Tais líderes responderão diante do Pai. Prestarão contas a Deus dessas atrocidades. Privam os homens da graça de Deus e os encarceram em prisões mentais jogando a chave fora.
A única maneira de libertarmos as pessoas é pela Palavra no poder do Espírito Santo. Se isso não bastar, nada mais resolverá.
Que tenhamos a coragem de lutar pela fé que uma vez foi dada aos santos.

Soli Deo Glória.

Pr. Luiz Fernando R. de Souza

quarta-feira, 7 de outubro de 2009

RESPOSTAS A ALGUMAS PERGUNTAS

Recebi algumas perguntas através do site de nossa igreja e as respondi nos boletins internos e via email. Hoje gostaria de transcrever algumas que achei interessante. Espero despertar o interesse para alguns pontos importantes. São respostas curtas e as fiz por causa de espaço. Abaixo quatro delas.

1 - POR QUE ALGUMAS PESSOAS SÃO CURADAS E OUTRAS NÃO, SENDO QUE RECEBERAM A MESMA ORAÇÃO NO MESMO CULTO?


Pergunta bastante pertinente. Podemos ver isso acontecer ao longo da história da igreja. Alguns são curados outros não e isso no mesmo culto, mesmo tendo recebido a oração por parte do mesmo pastor. Alguns dirão que os que não foram curados estavam em pecado e por isso Deus não pode abençoar. Outros dirão que os que não foram curados não tiveram fé suficiente para ocorrer a cura. Creio que ambas as coisas podem acontecer, mas para mim a grande verdade é que Deus é soberano e cura a quem quer, como quer e na hora que lhe aprouver. Mas Paulo nos lembrar que em todas coisas Deus trabalha para nosso bem. Se a cura estiver dentro dos planos de Deus para alguma pessoa, ela acontecerá porque os planos de Deus nunca são frustrados - Jó 42:2
Continuaremos a orar para que o Senhor manifeste Sua glória em nosso meio e assim muitas curas aconteçam.

2 - EXISTE UM SÓ TIPO DE FÉ NA BÍBLIA?

A Bíblia faz referência a alguns tipos de fé. Tem a fé salvadora. Está fé vem de Deus. (Ef. 2:8-9). Quando alguém se entrega nas mãos de Cristo e crê em Seu sacrifício vicário, ele o faz porque Deus lhe concedeu a fé salvadora. Existe outro tipo de fé que é a fé natural. Aquela fé que todos nós temos. Quando nos assentamos em uma cadeira, cremos que ela não quebrará sob nosso peso. Há o dom da fé que é concedido pelo Espírito Santo. Está fé é especialmente concedida para realizações de milagres. Geralmente vem ligada a uma cura ou algo semelhante. Isso mostra como a vida cristã é dinâmica e intensa. Deus concede estas capacitações para realizarmos sua obra.

3 - GOSTARIA DE SABER COMO VAI SER A AÇÃO E OBRA DO ESPÍRITO
SANTO DURANTE A GRANDE TRIBULAÇÃO.
O ESPÍRITO SANTO AGIRA NA TERRA NA ÉPOCA DA TRIBULAÇÃO? ELE ESTARÁ PRESENTE PARA CONVENCER PESSOAS DE SEUS PECADOS PARA
ACEITAREM A CRISTO JESUS? ( pergunta recebida pelo site www.Ibalianca.com )

Prezado irmão,
sua pergunta é muito interessante. Nesta matéria de Escatologia (doutrina das últimas coisas) como é tratada em teologia, existem várias opiniões sobre a volta do Senhor Jesus Cristo. Alguns intérpretes crêem que Ele voltará para arrebatar a igreja e depois haverá a grande tribulação e consequentemente o juízo final, outros não entendem assim, mas que não haverá arrebatamento, mas que a 2a vinda de Cristo é coincidente com o arrebatamento, outros que não haverá milênio. Daí já deu para perceber que não existe unanimidade quanto ao assunto. Dentro deste contexto teológico alguns intérpretes da Bíblia entendem que o Espírito Santo não estará atuando como atua hoje. Ele, segundo estes intérpretes, atuará como atuava no Antigo Testamento. Virá e voltará não permanecendo com as pessoas como o faz hoje. Outra linha de pensamento indica que a tribulação já está acontecendo e por isso Ele continua atuando em nosso meio. De qualquer maneira, Deus o Pai determinou que quem convenceria o mundo do pecado, da justiça e do juízo, seria o Espírito Santo. É Ele quem dá vida ao pecador. É Ele quem leva o homem a crer em Jesus Cristo por meio da pregação da Palavra de Deus. Portanto, a igreja passando ou não pela a grande tribulação o Espírito Santo estará atuando na sociedade humana, chamando os eleitos à salvação. Não existe mais de um modo de Deus salvar. A idéia que na grande tribulação as pessoas se converterão através do martírio é totamente estranha ao Novo Testamento e incoerente com a teologia. Espero poder ter ajudado um pouco em sua dúvida. Continue a escrever para nós, pois, é um prazer muito grande sua participação. Sempre que desejar estarei à sua disposição.

4 - A IGREJA BATISTA DA ALIANÇA É PENTECOSTAL OU TRADICIONAL?
O QUE O IRMÃOS ENTENDE POR FUNDAMENTALISMO BÍBLICO?

Prezado irmão,
agradeço sua pergunta e a entendo como muito oportuna.
Somos uma igreja batista com princípios reformados. Cremos nos dons do Espírito Santo, mas não somos pentecostais. Posso dizer que somos equilibrados. Em nosso rol de membros temos irmãos que vieram do metodismo, batistas tradicionais, presbiterianos, assembleianos. Como o irmão pode ver somos uma igreja que vem se pautando pelo equilíbrio na Palavra e isso torna nossa igreja, em Belo Horizonte, uma igreja alternativa. Nossas doutrinas são fundamentalmente batistas.
Quanto o que entendo por fundamentalismo bíblico gostaria de ponderar:
Esse termo tem vários significados, por isso, torna-se difícil uma posição intermediária. Mas em termos gerais, hoje em dia, ser fundamentalista é crer nas doutrinas tradicionais da Palavra de Deus e seus valores como: Nascimento virginal do Senhor Jesus Cristo, em Sua ressurreição, em Sua morte expiatória etc.
Diante de tanto afastamento da Palavra, quem crê nessas doutrinas fundamentais é chamado, hoje, de fundamentalista.
Podemos nos incluir no rol dos fundamentalistas bíblicos.

Soli Deo Gloria.

Pr. Luiz Fernando R. de Souza

quinta-feira, 1 de outubro de 2009

POR QUE PRECISAMOS DE AVIVAMENTO?

A vida da igreja no Novo Testamento foi marcada por uma dinâmica e compromisso que não vemos hoje em dia. Presenciamos gelo seco nos cultos, lutas de várias formas para atrair jovens em ringues dentro de igrejas, conversões espúrias que desonram a Cristo, oferecimento de libertações e vitórias que a Palavra não ensina. Tudo isso tem, mas não tem Jesus Cristo com seu poder para salvar o homem do pecado. Tem circo, mas não tem alegria no Espírito. Tem dança profética, mas não profecia. Tem atos proféticos, mas não profeta. Somente uma entrega absoluta de nós mesmos nas mãos do Espírito Santo poderá inverter o atual quadro da igreja. Cada vez que uma atrocidade é cometida por um neopetencostal, as igrejas históricas se fecham para tudo o que não podem definir. Colocam tudo o que Deus pode fazer dentro de uma camisa de força. Saiu disso, nada vale. Precisamos ver e entender que as atrocidades impetradas por pseudo-pastores desajustados emocionalmente e totalmente ignorantes da Palavra não são nossos balizadores, mas a Sua Palavra e aquilo que o Senhor vem operando na história. Precisamos de um avivamento. Precisamos de um soprar do Espírito Santo no meio da igreja do Senhor para que as cinzas sejam varridas para longe do salvos. Deus sempre, em momentos específicos, despertou sua igreja e a obra foi feita rapidamente. Em tempos específicos Deus sopra com seu Espírito e a igreja acorda, confessa pecados, multiplica-se em evangelismo e missões e sua presença se faz sentir de modo benfazejo. Tanto tradicionais como pentecostais admitem e aceitam que a igreja deve viver na dinâmica do Espírito Santo. Tanto pastores de igrejas históricas e de igrejas renovadas sabem que sem o agir do Espírito Santo tudo fica mecânico, difícil e sem brilho. Vejamos algumas considerações porque precisamos de um reavivamento.

1 – PORQUE A IGREJA PERDEU O FEVOR MISSIONÁRIO.

Cada ano que passa menos missionários são enviados para fora de nossas fronteiras e isso não mais nos incomoda. Cidades e regiões inteiras dentro de nossos estados e no mundo estão sem contato com o evangelho de Cristo. A igreja sofre de uma disfunção que poderíamos classificar de autofagia. Tem se alimentado de si mesma e está perdendo sua eficácia rapidamente. Já não consegue olhar para fora de si e ver que a seara está branca para ceifa. Somente trabalha para resolver seus problemas e isso tem satisfeito seus desejos. Já não se apresenta como a resposta para a perene pergunta de Deus: Quem há de ir por nós? O eis me aqui envia-me a mim é desconhecido de toda uma geração que cresce sem saber o que isso significa. Esta geração é autofágica. Devora-se a si mesma. Essa geração só pensa em dançar profeticamente, fazer atos proféticos, cura interior, batalha espiritual e em determinar as bênçãos de Deus. Esqueceu de levantar sua cabeça e ver que o mundo está indo de mal a pior. A resposta para as angústias e tragédias causadas pelo pecado está em Cristo e se Ele não for levado para cada ser humano, eles morrerão em seus pecados. A igreja não foi chamada para olhar para dentro de si mesma. Não foi chamada para se alimentar de si mesma. Israel foi chamado para fazer brilhar a luz de Deus. Israel deveria atrair as nações para Deus. Fracassou. A igreja foi chamada para ser a luz do mundo. Só que agora não deveria atrair, mas levar esta luz a todas as nações. Foi chamada para ser luz do mundo e uma luz acesa não se coloca debaixo de uma mesa, mas em cima para iluminar. No século XIX Deus enviou reavivamento no qual milhares de missionários foram enviados por todo o mundo. Poderia citar alguns: Jonatas Goforth (1859-1936) presbiteriano cheio do Espírito Santo trabalhou na China. Oswald Chambers (1874-1917) Batista cheio do Espírito Santo trabalhou no Japão e Egito. John Ryde (1865-1912) presbiteriano cheio do Espírito Santo trabalhou na Índia. Poderia discorrer sobre dezenas de outros, mas estes servem com bons exemplos. Sempre que o Espírito Santo sopra de forma peculiar a igreja sai de suas fronteiras e vê o mundo como seu campo de trabalho.

2 – PORQUE OS PÚLPITOS ESTÃO VAZIOS DA PALAVRA.

Precisamos de um avivamento porque os púlpitos estão vazios da Palavra. Hoje quase que exclusivamente só escutamos mensagens de auto-ajuda. Pregações sem o mínimo de conteúdo bíblico, mas que atendem as necessidades de um mercado ávido e consumidor de novidades como os atenienses nos dias de Paulo. Este tipo de pregação preenche o vazio gerado pelo pós-modernismo, onde os valores absolutos foram explodidos e a relativização tomou o centro. Não se prega Jesus e a cruz, mas prega-se sobre Jesus e a cruz. A verdadeira pregação não consiste falar algo sobre Jesus ou a cruz, mas falar incisivamente sobre Jesus e sua obra na cruz. Daí termos um contingente de cristãos ocos, light, vazios de tudo aquilo pode ser estrutura para enfrentar os embates da vida. Cristãos totalmente alienados da vida. Não se pratica mais o sermão expositivo. Os pastores têm medo de se defrontar com todo um livro da Bíblia. Sabem que terão dificuldades em explicar algumas passagens que são contra aquilo que vêem pregando há anos. Com isso a prática de um bom preparo para o sermão foi esquecida. Muitos pastores abrem a Bíblia na hora da pregação e pregam de qualquer jeito. Muitos criticam um bom preparo do sermão dizendo que a unção do Espírito Santo anula o esforço do preparo. Quero lembrar que a unção do Espírito Santo ajuda, fortalece e favorece aquele que se empenhou em extrair da Palavra aquilo de Deus quis falar. A unção do Espírito vivifica aquilo que foi apreendido e compreendido através de um esforço diligente. O Espírito Santo não abençoe ou vivifica a preguiça, a incompetência e a indolência. Um grande exemplo que temos é o de Jônatas Edwards. É tido como um dos maiores filósofos e teólogos da América do Norte. Viveu um grande avivamento por volta de 1737 e no meio desse avivamento pregava sermões puramente calvinistas. Enquanto vivenciava o avivamento nutria o povo com bons sermões fundamentados em princípios teológicos sadios, históricos e bíblicos. Não via incompatibilidade entre teologia, doutrina e unção do Espírito Santo.
Hoje em dia os “pseudos-apóstolos” pregam muito no Antigo Testamento e como são castrados mentalmente espiritualizam tudo e tentam aplicar para hoje. Forçam o texto a dizer aquilo que ele não diz e afirmam ser mensagem ungida para igreja. O povo de Deus está morrendo de anemia por falta de alimento sadio. Paulo queria todo homem maduro em Cristo. Os dons ministeriais na igreja foram dados para que todo cristão possa desenvolver seu ministério. Paulo aconselha Timóteo a pregar sobre todo conselho de Deus. Precisamos de um reavivamento para que os púlpitos voltem a florescer com e pela Palavra de Deus.

3 – PORQUE AS REUNIÕES DE ORAÇÃO ESTÃO VAZIAS.

O profeta Joel fez um alerta a Israel que vale para nossos dias. Falava do dia do Senhor e candentemente apelava ao povo para rasgarem seus corações e não suas vestes e disse mais: “tocai a trombeta em Sião, santificai um jejum, convocai uma assembléia solene.
Congregai o povo, santificai a congregação, ajuntai os anciãos, congregai as crianças, e os que mamam; saia o noivo da sua recâmara, e a noiva do seu aposento.
Chorem os sacerdotes, ministros do SENHOR, entre o alpendre e o altar, e digam: Poupa a teu povo, ó SENHOR, e não entregues a tua herança ao opróbrio, para que os gentios o dominem; porque diriam entre os povos: Onde está o seu Deus
?”.
Muitos acham que orar é somente pedir, reclamar, importunar Deus com nossos pedidos. Orar também é pedir, buscar e interceder, mas, além disso, é muito mais. Para mim orar é buscar intimidade com Deus. É se achegar ao Pai e aprender dele no sossego do nosso lugar secreto. Quem ama busca a companhia do amado. Temos um texto no sermão da montanha que me é muito especial. Está em Mateus 6:6 “Mas tu, quando orares, entra no teu aposento e, fechando a tua porta, ora a teu Pai que está em secreto; e teu Pai, que vê em secreto, te recompensará publicamente”. A construção no grego é fantástica. Ela diz assim: “Mas tu, quando orares, entra em teu aposento e, fechando a tua porta, ora a teu Pai que está em secreto; e teu Pai, que já está lá te esperando, te recompensará publicamente”. A idéia é que Deus já está nos esperando para aqueles momentos de comunhão, intimidade e relacionamento. Conta-se de G. Campbell Morgan, ministro inglês, esperava um pastor de outro país. Morgam disse à sua governanta para interrompê-lo quando o visitante chegasse. Ele entrou em seu escritório para orar às 07:00 e quando foi às 10:00 chegou o visitante. Sua governanta foi ao escritório chamá-lo, mas antes resolveu olhar pela fechadura para ver o que sucedia. O Dr. Morgan terminou de orar às 14:00 e saindo do seu escritório perguntou sobre o visitante. Soube que ele já havia almoçado e o aguardava na sala. Irritado indagou porque não havia sido chamado na hora que o visitante chegara. A governanta lhe disse: às 10:00 ele chegou. Fui avisá-lo, mas quando vi o ajoelhado orando e seu rosto brilhando, não pude interrompê-lo. Sua comunhão com Deus era demais para ser interrompida. Falei com o visitante e ele compreendeu perfeitamente.
Quando entramos em comunhão com Deus parace que o tempo deixa de ser contado. Não percebemos que oramos tantas horas.
A igreja não sabe o que é buscar Deus somente pelo prazer de ter comunhão com ele. Aprendeu que orar é somente pedir. Precisamos de um avivamento para que nosso povo volte a orar. Volte a clamar por um mundo perdido. Para que nosso povo e ministros do altar chorem por seus pecados e por uma visitação do Senhor. Os tempos são maus. As angústias aumentam. Sem oração tudo fica mais difícil.
A história mostra que antes dos avivamentos acontecidos houve um movimento de oração por parte da igreja. As vezes meses ou anos de oração antecederam os avivamentos. Mas quando chegou regiões e países inteiros foram despertados. Conversões verdadeiras aconteceram aos milhares. Igrejas foram cheias rapidamente por pessoas desejosas de um encontro pessoal com Cristo. Hábitos foram mudados e o temor do Senhor estava em toda parte. Os cultos duravam 4, 6 ou 8 horas ininterruptas.

4 – PORQUE MUITAS CONVERSÕES SE MOSTRAM ESPÚRIAS.

No Brasil têm acontecido conversões de pessoas famosas. Deus salva em qualquer esfera social. Louvamos a Deus pelas conversões verdadeiras. Mas algumas personalidades quando entram para igreja logo são jogadas na arena gospel e viram espetáculos. Sem nenhuma base doutrinária são consagradas pastores, como o caso do cantor Lázaro. Isso que fizeram com este cantor foi covardia. Mas algumas estrelas da mídia ao se converterem não demonstram mudança de vida. Descaradamente se dizem evangélicas e continuam sem mostrar arrependimento. Quando falam de seus passados não se envergonham de nada. Uma ex-atriz pornô que se diz convertida, disse não se envergonhar de seus filmes pornográficos. Outra manteve um caso com um presidiário do antigo Carandiru, tendo filhos com ele e dizendo-se cristã. Outra se deixou fotografar para revista masculina e quando foi interpelada sobre este novo trabalho fotográfico, pois era evangélica, disse que quem não quisesse ver estrelas que não olhasse para o céu.
Um evangelho desprovido de arrependimento e da cruz não poder gerar conversões genuínas. Um evangelho onde Cristo não é o Senhor só pode gerar conversões espúrias e difamatórias. Muitos confundem freqüentar igreja com conversão. As igrejas estão cheias de pessoas que irão para a perdição eterna. Mas os líderes querem seus ambientes lotados, seus gazofilácios cheios e muito movimento. Não mais importam se seus ouvintes são salvos ou não.
Precisamos de reavivamento para que as conversões se tornem em testemunhos brilhantes de mudanças de vidas. Conversões que apontem para suficiente graça de Deus. Conversões que honrem Jesus Cristo como Senhor de suas vidas.

5 – PORQUE A IGREJA FOI TRANSFORMADA EM MERCADO GOSPEL.

Querem transformar a igreja e um grande mercado. Criaram ou adaptaram o termo gospel para segmentar os evangélicos. Tudo hoje é gospel. Nunca houve na história da igreja tamanha banalização do sagrado como agora. Temos espaços gospel nas igrejas para vendas de produtos. Já não incomoda mais o lugar de culto também ser lugar de comércio. A ganância venceu o temor e a reverência. Cantores gospel dão shows. Agem como se fossem artistas mundanos. Cobram valores astronômicos para se apresentarem como se fossem especiais demais. Ficam milionários usando descabidamente o nome de Deus, cantando aquilo que deveria ser louvor a Deus. São nojentos e intragáveis a maioria desses cantores gospel. Suas músicas são afronta à glória de Deus. . As letras são ordinárias e ridículas. Ouvir causa náuseas em qualquer um. Suas posturas envergonham tudo o que é sagrado. Fico pensando: 1 – a vida que possuem vem de Deus. 2 – os talentos que apresentam vêem de Deus. 3 – as oportunidades são de Deus. 4 – os temas que abordam falam sobre Deus. No entanto, vendem tudo isso como se fosse deles. Barganham com tudo aquilo que receberam de Deus para seus próprios benefícios. Enriquecem-se rapidamente com aquilo que não lhes pertence e no final dizem que o Senhor os levantou como geração profética de adoradores. Que fazem tudo para glória de Deus. Precisamos de avivamento para que os pecados sejam confessados e abandonados no meio evangélico. Que a glória que pertence a Deus seja tributada somente a Ele. O que importa que Ele cresça e que eu diminua.
Há uma canção evangélica chamada Meu Tributo. Ela diz mais ou menos assim: “e se surgir um louvor ao Calvário seja sim”. Que verdade maravilhosa! Pena que foi esquecida. Para os cantores gospel os louvores surgem e eles ficam com eles, não os levam para o Calvário. O exemplo mais irritante disso é o chamado troféu talento. Essa idéia é mundana, perversa e nociva à igreja. Os agraciados recebem suas premiações, aplausos, louvores. Vivem seus 5 minutos de fama e glória e com a maior “humildade” dizem que a glória é de Deus. Se a glória fosse para Deus nunca iriam lá receber troféu nenhum. Fico imaginando um troféu talento para pregadores do Novo Testamento. Apóstolo Paulo, destaque entre os apóstolos. Pedro, revelação na evangelização entre os judeus. Timóteo, jovem revelação como pastor. Dupla missionária revelação, Paulo e Silas.
Ridículo isso. Ainda bem que é só imaginação.
Hoje promovem turismo em grandes navios para evangélicos. Roupas para evangélicos. Água evangélica e essa onda não tem mais onde parar.
Precisamos de reavivamento para a igreja deixar de ser mercado e voltar a ser corpo. Avivamento para que haja repulsa contra essa mundanização crescente no meio evangélico.

Tenho orado para chegue o avivamento. Para que o Senhor torne a visitar sua igreja e a faça acordar de seu sono letárgico. Oro para que as lideranças se conscientizem que não são donos das igrejas, mas pastores, servos e modelos para os cristãos.
Deus é Senhor de tudo. Com certeza Ele agirá.

Soli Deo Gloria.

Pr. Luiz Fernando R. de Souza